A previsão de incidência de La Niña pelo terceiro ano consecutivo em 2022, segundo alerta da Organização Meteorológica Mundial (OMM), e a tendência de aumento das ocorrências de intempéries preocupam pois impactam diretamente na rotina produtiva dos agricultores. Por isso, na safra de grãos 2022/23, o agronegócio está se adaptando para enfrentar condições econômicas mais desafiadoras.
O segmento de seguro agrícola está passando por uma fase atípica, após registrar perdas relacionadas ao clima por três safras consecutivas. No programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), do Ministério da Agricultura, as indenizações pagas aos produtores no primeiro semestre de 2022 atingiram o recorde de R$ 7,7 bilhões.
A conjuntura requer resiliência para todos os envolvidos no setor, sejam seguradoras, corretores ou clientes. “O mercado de seguros passa por uma situação delicada em decorrência do alto número de apólices sinistradas”, esclarece Fabio Damasceno, diretor de agronegócios da FF Seguros. “Então, naturalmente houve um ajuste no mercado de seguros neste ano, por isso tivemos liberação mais tardia e uma restrição na oferta de seguro agrícola”, analisa o diretor.
A seguradora FF Seguros buscou se adaptar rapidamente ao cenário adverso. “Tudo o que aconteceu reforça o posicionamento da FF Seguros, que sempre planeja visando o longo prazo. Aprendemos com as catástrofes climáticas, remodelamos a forma de fazer negócios e utilizamos novas ferramentas para minimizar os problemas”, diz Damasceno.
As contratações de seguro agrícola da FF Seguros para o ciclo 2022/23 já foram encerradas. De acordo com o gerente comercial de agronegócio, Diego Caputo, a FF Seguros buscou melhorar o mix de produtos e sua diversificação geográfica. “Depois das adversidades para todos os envolvidos no segmento e uma nova dinâmica comercial para auxiliar a subscrição, passamos dessa fase com mais resiliência financeira, operacional e comercial”, afirma o gerente.