Até o momento, os produtores de feijão têm alcançado êxito em manter os valores dos feijões estáveis, evitando depreciações adicionais. Isso decorre dos investimentos em armazenamento apropriado e das variedades de feijão de maturação mais lenta. Na competição de egos inerente à natureza humana, não se pode atribuir exclusivamente a aderência a uma estratégia conjunta o mérito desse feito. Portanto, a apreensão do risco de prejuízo também desempenha um papel fundamental na resiliência dos produtores, impedindo-os de ceder abaixo da marca dos R$ 200.
Atualmente, seria inviável suprir o mercado sem a vantagem conferida pela pesquisa sobre as variedades de maturação mais lenta. É mais crucial do que nunca que a pesquisa continue a investir na capacidade de gerar produtividade e lucratividade, considerando todos os aspectos envolvidos na consecução desse objetivo. No horizonte, já se delineia um novo objetivo a ser perseguido.
“Seria hoje impossível abastecer o mercado sem esta prerrogativa que a pesquisa deu para todos do escurecimento lento. Seguirá sendo mais do que nunca importante que a pesquisa continue investindo na capacidade de entregar produtividade e lucratividade com tudo que implica em se chegar a este objetivo. Já surge no horizonte um novo objetivo a ser perseguido”, diz o instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe).
Com o surgimento da alimentação à base de plantas (plant-based), é apenas uma questão de tempo até que surja uma demanda por feijões com um maior teor de proteína por hectare. Esse requisito poderá trazer consigo novos desafios para o setor. Assim como outros critérios foram alvo de pesquisa, este também será explorado. Para auxiliar nesse sentido, estamos desenvolvendo, em colaboração com centros de pesquisa, uma análise comparativa do teor proteico das diversas variedades de cultivo de Feijão.
Fonte: portaldoagronegocio