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Agronegócio

CPR Financeira: uma alternativa flexível para investimentos no setor agropecuário

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Na agricultura, a compra antecipada de insumos e outros investimentos com a promessa de pagamento através da produção que será colhida no futuro, é algo corriqueiro. É o chamado barter, um sistema comercial onde a liquidação da operação é física, ou seja, um produto em troca de outro e a entrega da produção diretamente na trading, na data estabelecida e com valor já travado.

Nesse modelo, o montante negociado terá como parâmetro os preços da saca de soja ou milho, por exemplo, no momento da operação. Dessa forma, se esses preços estiverem mais baixos, é preciso mais grãos para pagar a dívida. Por outro lado, o agricultor também tem a possibilidade de adquirir seus insumos ou fazer um financiamento de maquinário com a liquidação destes em dinheiro, deixando sua produção para ser vendida em outro momento quando o valor subir.

Nesta situação, a via utilizada é a CPR-Financeira, um título de crédito que possibilita um plano de pagamento que auxilia o produtor a mitigar o risco de negociar a sua produção quando os preços estão desfavoráveis. Alex Kalef, diretor executivo da AgroPermuta, fintech agrícola que oferece soluções para produtores rurais de todo o Brasil, destaca que esse é um instrumento que traz mais flexibilidade. “Se o valor presente do seu produto está ruim, você espera, faz uma CPR-F e vende seu grão lá na frente, ou seja, usa a ferramenta a seu favor”, pontua.

Outra forma de analisar é fazendo contas, conforme exemplifica o executivo. “O produtor deve entender o quanto o dinheiro que ele tem guardado está rendendo. Um exemplo seria R$ 100 mil a 12% ao ano. Se ele resgatar uma parte desse valor, pode perder 1% do rendimento para pagar o credor de seu financiamento. Entretanto, a sua produção de soja pode render 2% em um dia, isso mostra o quanto é mais interessante liquidar os compromissos em dinheiro e vender o grão depois”, destaca.

Ambiente econômico

No dia 2 de agosto o Banco Central (BC) anunciou a redução da Selic, a taxa básica de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por 5 votos a 4, reduzir a taxa em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano.

Para o diretor da Agropermuta, o impacto da redução não será imediato e o agronegócio deve sentir algum efeito de forma mais clara apenas no ano que vem, em até 18 meses. “No entanto, para o produtor não é possível esperar. As obrigações financeiras e os investimentos necessários continuam presentes no dia a dia do seu negócio, mas o acesso ao capital disponibilizado, falando aqui de Plano Safra, ou aos sinais positivos da redução de juros, só acontecerá a longo prazo”, completa.

Diante desse cenário econômico, a CPR-Financeira é bastante válida, segundo o executivo, que sugere ao produtor rural olhar para os instrumentos de crédito de forma diferente. “Cabe a ele entender que a melhor gestão no momento que o preço das commodities cai, é trocar de bolso, pagar em dinheiro e carregar o produto”, finaliza Alex.

Fonte: portaldoagronegocio

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