As programações de abate tiveram um alongamento no estado do Mato Grosso de 12,50% nas duas primeiras semanas de agosto/23, quando comparado com a 2ª quinzena de jul/23. Atualmente, as escalas de abate atendem a média de 11,07 dias conforme divulgou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA).
De acordo com o Instituto, é o maior registro parcial para agosto da série histórica, sendo 26,51% mais longo que o do mesmo período de 2022. Esse fator, em conjunto com a demanda enfraquecida, pressionaram as cotações do boi gordo, resultando no menor preço pago pela @ (R$ 205,10/@) para o período desde 2020.
“Para se ter ideia, esse valor é 26,27% inferior ao preço praticado na primeira quinzena de agosto de 2022. Dito isso, a melhora sazonal nas cotações do boi gordo no 2º semestre pode ser mais tardia este ano, como foi em 2017, quando os preços reagiram apenas na segunda quinzena de agosto”, destacou o IMEA.
Já com relação aos preços da vaca, a referência para o animal à vista desvalorizou 2,88% ante a semana passada e foi cotada na média de R$ 176,87/@. “Na última semana o dianteiro com osso da vaca foi cotado a R$ 12,08/kg em Mato Grosso, ainda pressionado pelo baixo consumo da população”, relatou.
Abate
O volume de fêmeas abatidas no estado em jul/23 fechou em 245,64 mil cabeças e foi 8,23% menor que no mês anterior, e pela primeira vez em cinco meses a participação de fêmeas esteve abaixo de 50,00%, e encerrou o mês em 46,65%.
Esse cenário se deve a maior participação de machos frente ao recuo nos envios de fêmeas para abate, o 2º semestre do ano sinaliza a possível inversão do movimento, dado que antes era visto de intenso abate de “vacas vazias” para agora, maior presença de machos de confinamento.
“Os abates de bovinos aumentaram 1,31% ante a jun/23 e ao todo somaram 526,59 mil animais na linha de “gancho” em jul/23”, destacou o IMEA.
Fonte: portaldoagronegocio