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Agronegócio

Queijo do Cerrado Mineiro: um sabor único conquista o reconhecimento de Indicação Geográfica

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O Nacional da Propriedade Industrial (INPI) divulgou, nesta terça-feira (1º/8), a concessão da Indicação Geográfica (IG) para o queijo do Cerrado, na modalidade Indicação de Procedência (IP). Produtores de Queijo Minas Artesanal de 19 municípios da região do Cerrado Mineiro poderão usar a chancela que reconhece as qualidades e as características específicas do produto feito da região.

A IG deve beneficiar cerca de seis mil produtores do Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais, das cidades de Abadia dos Dourados, Arapuá, Carmo do Paranaíba, Coromandel, Cruzeiro da , Guimarânia, Lagamar, Lagoa Formosa, Matutina, Patos de Minas, Patrocínio, Presidente Olegário, Rio Paranaíba, Santa Rosa da , ão Gonçalo do Abaeté, São Gotardo, Vazante, Tiros e Varjão de Minas.

A solicitação para a concessão da chancela de Indicação Geográfica foi feita pela Associação dos Produtores de Queijo Minas Artesanal do Cerrado (Aprocer), com do Sebrae Minas, em 2022. Para o presidente da Associação, Eudes Braga, a aprovação foi mais rápida do que o esperado, fato que reforça as características e qualidades da produção de queijos artesanais no território. “Esse reconhecimento é um grande marco para a região. Todos os holofotes estarão direcionados para nossa região, valorizando ainda mais o nosso produto, abrindo novos mercados e gerando mais confiança para os consumidores”, ressalta. Segundo ele, essa visibilidade também poderá propiciar o crescimento da associação.

Apoio na estruturação

Desde 2018, o Sebrae Minas, em conjunto com outros parceiros, vem trabalhando na capacitação e na qualificação dos produtores da Aprocer, no sentido de estruturar uma estratégia de identidade e origem do Queijo Minas Artesanal do Cerrado Mineiro, e colaborando para a governança, a gestão e o fortalecimento da associação.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, a Indicação Geográfica contribuirá ainda mais para a promoção da qualidade e origem do produto. “Com essa conquista o queijo do Cerrado será ainda mais valorizado pelos consumidores. Esse reconhecimento elevará a região como referência na produção de queijo, somando-se ao prestígio já conhecido pelo café. Os produtores terão seu trabalho mais enaltecido, enquanto o produto ganhará maior visibilidade e oportunidade de expansão para novos mercados”, afirma. 

Queijo do Cerrado

A Indicação Geográfica foi concedida aos queijos produzidos a partir de leite cru, integral, recém ordenhado, priduzido e beneficiado na propriedade de origem em até 90 minutos após sua obtenção, devendo a umidade máxima ser de 45,95% e seguindo boas práticas de produção. 

Os queijos do Cerrado são considerados de alta umidade, sendo a prensagem manual com o auxílio de tecido dessorador, uma técnica de produção oriunda da tradição e herança cultural da região. São justamente tais técnicas que diferenciam o produto e contribuem para que o Cerrado se tornasse conhecido pela produção de queijos artesanais.

Indicação Geográfica

A Indicação Geográfica (IG) é um reconhecimento que garante a procedência do produto e sua qualidade, além de ser um diferencial competitivo para os produtores da região. Dividido em Denominação de Origem (DO) e Indicação de Procedência (IP), o registro de Indicação Geográfica evidencia a reputação, as qualidades e as características de produtos e serviços da região.

Atualmente, o Brasil tem 114 Indicações Geográficas registradas no INPI. A maioria delas são de pequenos negócios no segmento do agronegócio. No caso do queijo, três IGs reconhecidas são de Minas Gerais, todas na modalidade de indicação de procedência: Serro, Canastra, e agora, o Cerrado. 

Fonte: portaldoagronegocio

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