Faltando aproximadamente 50% para a conclusão da colheita da cana-de-açúcar da safra de 2023/24, a previsão de produção de moagem da maior companhia de produção de biocombustível e açúcar do Brasil, a Raízen, para Mato Grosso do Sul é de 10 milhões de toneladas, produção maior do que na safra anterior, onde a empresa registrou 9,1 milhões de toneladas de moagem.
Ao g1, o diretor do polo de Mato Grosso do Sul, Leandro Melo, falou sobre a pro-jeção de produção para esta safra. “A previsão de produção de moagem para Mato Grosso do Sul é de 10 milhões de toneladas para esse ano, isso representa um aumento se analisarmos nossa produção do ano passado, e nossos objetivos é aumentar esse número cada vez mais”, esclareceu Melo.
Conforme dados da Biosul, Mato Grosso do Sul deve atingir 47 milhões de tone-ladas de cana, uma recuperação de 10% em relação ao último ciclo.
Dobro de produção
Ainda de acordo com o diretor do polo, a companhia tem feito importantes movi-mentos para dobrar a produção sem precisar plantar mais.
“Sem dúvidas eu acho que a companhia tem feito um movimento importante na transição energética e em relação às necessidades do momento. Hoje, dentro da produtividade um dos pilares para o crescimento é o investimento no 2G, o etanol de segunda geração, onde temos a possibilidade de fazer o dobro de produção do etanol sem precisar plantar mais, estamos no caminho, temos a planta certa e es-tamos estudando todo o potencial de Mato Grosso do Sul”, disse.
Com 4 unidades em Mato Grosso do Sul, nos municípios de Passa Tempo, Caa-rapó, Rio Brilhante e Maracaju (em hibernação), a companhia é responsável por produzir 50% da cana-de-açúcar utilizada pelas unidades de produção e os ou-tros 50% vêm de produtores parceiros.
Para uma maior linha de produção de biocombustíveis e açúcar nos próximos anos, a companhia trabalha com a possibilidade de expansão de parceiros, ex-plicou o Gerente de Negócios Agrícolas da Raízen, Marcel Wigman.
“Existe uma expectativa para ampliar os produtores, atualmente contamos com 25 fornecedores. Hoje temos nossas ofertas de valores para incentivar nossos par-ceiros, procuramos um crescimento com a companhia, fazemos o trabalho de pesquisa de mercado, de divisão, temos um potencial de crescimento enorme em Mato Grosso do Sul”, afirmou.
No estado
A expansão da companhia em Mato Grosso do Sul garantiu à empresa um acrés-cimo de 280 mil hectares de área cultivada, e para os próximos anos, o potencial de crescimento da produção de matéria-prima no estado, que é o quarto maior produtor nacional de cana e o quinto de etanol, é estimado entre 10% e 15%.
Tendo iniciado a operação em 2006, a planta que foi adquirida pela Raízen tem capacidade de processamento de cana de 4,3 MM/ano. São produzidos 2.400 t/dia de açúcar e 1.065 m³/dia de etanol.
Fonte: portaldoagronegocio