No mercado doméstico, importante parcela dessa dificuldade pode ser atribuída à carne de frango, que segue sobreofertada, com preços em intensa queda no atacado e no varejo, ganhando muita competitividade na comparação com a carne bovina. “As escalas não estão confortáveis em grande parte do país, ao redor de quatro dias úteis em média, mas, mesmo assim, os fatores de demanda impedem eventual alta dos preços”, comenta.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 245,00, queda de 2,00%% frente aos R$ 250,00 da semana passada. Em Dourados (MS), a arroba recuou 2,08%, de R$ 240,00 para R$ 235,00 na modalidade a prazo. Em Cuiabá (MT), a arroba retrocedeu 0,90%, de R$ 222,00 para R$ 220,00. Em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 240,00 por arroba, baixa de 4,00% frente aos R$ 250,00 da última semana. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 225,00, queda de 4,26% frente aos R$ 235,00 da semana passada.
Mercado atacadista registra queda nos preços
Iglesias ressalta que o mercado atacadista voltou a apresentar queda em seus preços no decorrer da semana. O ambiente de negócios volta a sugerir pela continuidade deste movimento, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês.
Outro aspecto é que a carne de frango permanece com sintomas de sobreoferta, o que tem desestabilizado as proteínas concorrentes, em especial a carne bovina. O quarto do traseiro foi precificado a R$ 18,00 por quilo, queda de 3,23% frente aos R$ 18,60 da semana passada. O quarto do dianteiro foi precificado a R$ 14,00 por quilo, baixa de 2,78% frente aos R$ 14,40 registrados na semana passada.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 370,242 milhões em julho (10 dias úteis), com média diária de US$ 37,024 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 76,269 mil toneladas, com média diária de 7,662 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.831,60.
Em relação a julho de 2022, houve baixa de 29% no valor médio diário da exportação, perda de 3,7% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 26,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: portaldoagronegocio