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Agronegócio

Dólar cai em relação ao real antes de divulgação da inflação e reunião do Fed: o que esperar?

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O dólar tinha queda frente ao real nesta segunda-feira, conforme investidores trabalhavam em modo de espera antes de dados de inflação domésticos e da reunião de política monetária do Federal Reserve nesta semana.

Às 10:18 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,30%, a 4,7654 reais na venda.

Na B3, às 10:18 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,36%, a 4,7705 reais.

O evento central desta semana é a reunião de política monetária do Fed, que se encerra na quarta, com expectativa de que o central dos Estados Unidos aumente a taxa de juros em 25 pontos-base.

“Acreditamos que a reunião do Fed na quarta-feira terá um impacto limitado os mercados de câmbio, já que as próximas decisões de juros serão feitas com base na dependência de dados”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury.

“O resultado mais provável é um aumento de 25 pontos-base na taxa de juros, seguido por uma retórica ligeiramente ‘hawkish’ (dura contra a inflação). Acreditamos que esse cenário ressalta que as excelentes notícias sobre inflação nos Estados Unidos significam que o Fed pode tirar o pé do acelerador e esperar alguns meses para avaliar o desenvolvimento do mercado de trabalho e da inflação.”

Se esse cenário de pausa no aperto monetário do Fed após julho se confirmar, a tendência é o dólar se enfraquecer globalmente, uma vez que investidores provavelmente realocariam recursos em mercados mais rentáveis que os dos EUA.

No Brasil, o IBGE divulga na terça-feira os números de julho do IPCA-15.

Um cenário de arrefecimento da inflação no Brasil tem alimentado apostas na queda da Selic já a partir de agosto. Na sexta-feira, as taxas dos contratos futuros de juros voltaram a precificar chances majoritárias de o Banco Central cortar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual já no início do próximo mês.

Embora o nível atual dos juros, de 13,75%, seja apontado como um apoio para o real ao atrair investimentos para o mercado de títulos local, alguns especialistas argumentam que eventuais perdas de ingressos na renda fixa após a queda da Selic podem ser compensadas por entradas de dinheiro no país via renda variável, o que continuaria apoiando a divisa brasileira.

Além disso, alguns investidores também defendem que, mesmo que o BC comece a afrouxar a política monetária em breve, fará isso de forma gradual, de forma que os juros continuarão em nível elevado por algum tempo.

“Até o momento, as expectativas estão divididas entre um corte de 25 ou 50 pontos-base na Selic. Em ambos os cenários, ainda esperamos que o real tenha um desempenho superior até o final do ano por conta dos altos níveis de taxa de juros”, disse Moutinho, da Ebury.

Na última sessão, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7797 reais na venda, baixa de 0,45%.

Fonte: portaldoagronegocio

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