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Agronegócio

Reforço na fiscalização sanitária no terminal rodoviário internacional de Boa Vista, em Roraima

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O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo e a mosca-da-carambola é a principal ameaça ao cultivo e, consequentemente ao consumo interno e às exportações. Os estados do Pará, Amapá e Roraima estão na lista dos locais de alerta para a praga. Para reforçar a fiscalização de bagagens no terminal rodoviário internacional de Boa Vista (RR), neste mês foi instalado um equipamento de “raio-x”, semelhante ao usado em aeroportos. Agora, a tecnologia auxilia auditores fiscais federais agropecuários no controle da praga.

A rodoviária conta com linhas de ônibus para Manaus (AM), além de trajetos intermunicipais, faz viagens para Guiana e Venezuela. Estima-se que cerca de mil pessoas circulam no terminal, por dia, apenas no período de baixa temporada. “O intenso fluxo de pessoas e bagagens, aliado ao baixo conhecimento do público acerca do ingresso da mosca-da-carambola, representa um risco imensurável para a sanidade vegetal de nosso país”, afirma Ludmila Saboya, delegada do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), em Roraima. 

Caracterizada como praga quarentenária presente no Brasil, a mosca-da-carambola pode causar grandes prejuízos econômicos. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), se houvesse uma infestação da praga nas áreas de produção, o impacto negativo seria de mais de R$ 500 milhões por ano. Embora tenha em seu nome a carambola, a praga atinge outras frutas, como goiaba, acerola, tangerina, caju, pitanga, entre outras.

A Bactrocera carambolae, nome científico da mosca-da-carambola, surgiu a primeira vez no Brasil em 1996, no município de Oiapoque, no Amapá. Nos últimos anos, foi controlada mediante a atuação das agências de defesa agropecuária do país.

“Se hoje estamos sem episódios de surto dessa praga, é porque o trabalho de monitoramento, controle e combate está sendo rígido por parte da defesa agropecuária brasileira, que passa pela atuação dos auditores agropecuários, dos fiscais estaduais e do próprio setor produtivo”, destaca o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo. 

Fonte: portaldoagronegocio

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