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Agronegócio

Consumo interno no Brasil: o impacto de uma baixa demanda nacional

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O mercado de apicultura no Brasil se constitui majoritariamente por pequenos apicultores e metade deles produz cerca de 17% de todo mel, inclusive para exportação. Ao passo que abaixo de 1% do total de apicultores constitui mais de 701 colmeias e produzem 9,8% do mel, cenário possível como resultado de mais investimento e zelo pelo produtor.

Conforme dados divulgados pela Efficienza, os brasileiros consomem muito pouco do produto, enquanto a média mundial de consumo de mel está em 240 gramas per capita por ano, no Brasil o consumo interno é um dos menores do mundo: 60 gramas. Isso representa, aproximadamente, 15 mil toneladas de mel, sendo 53% destinados para mel de mesa, utilizado para adoçar bebidas, frutas ou consumo in natura; 35% consumidos pela indústria de alimentos e utilizados como ingredientes; e os últimos 11% consumidos pela indústria de cosméticos, tabaco e ração animal.

Atualmente, o Brasil se posiciona em décimo primeiro na produção de mel, com cerca de 42 mil toneladas, atrás da China em primeiro lugar e da Turquia. No mundo inteiro são produzidas 1.850.868 toneladas por ano. Um dos fatores é o preço do mel mais valorizado, por conta do câmbio e o consumo interno que aumentou durante a pandemia.

Relatórios de 2021 pela Food and Agriculture Organization (FAO) confirmam que a China é líder mundial na produção, registrando 458 mil toneladas em 2020, seguida da Turquia com 104 mil toneladas, Irã com 79 mil e  Argentina com 74 mil toneladas. O Brasil aparece na décima primeira posição com 51 mil toneladas.

Segundo Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada na assessoria para o comércio exterior, o país pode se beneficiar do aumento da produção. “Temos uma oportunidade única na expansão da nossa produção, principalmente vislumbrando o mercado externo. Deste modo, podemos romper as atuais barreiras do câmbio, principalmente considerando a valorização do real perante ao dólar. Mas tudo depende da produção nacional e da quantidade disponível para a exportação do produto”, afirmou o executivo.

De janeiro a março de 2023, cerca de 6.381,1 milhões de toneladas foram encaminhadas à exportação, ou seja, uma redução de 21,5% em comparação com Jan/Mar de 2022. Foram US$ 22,45 milhões de dólares, uma variação de -27,1% nesse mesmo período. Com isso, o preço médio foi de 3,52 dólares/kg, com uma variação de -6,9%. Enquanto no ano de 2022, as exportações de mel totalizaram 137,9 milhões e um equivalente de 36 mil toneladas.

A participação nas exportações totais realizadas pelo país foi de 0,04%, sendo que o mel ocupou o 155º lugar no ranking das exportações, já nas exportações do setor agropecuário, o mel teve uma participação de 0,2%, ocupando 13º lugar no ranking das exportações do segmento no período. Em se tratando de países de destino das exportações de mel, os Estados Unidos lideram, seguidos pela Alemanha e pelo Canadá e o Reino Unido.

Fonte: portaldoagronegocio

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