Sophia @princesinhamt
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Quanto tempo posso mastigar chiclete? Perigos de ficar com ele na boca por muito tempo

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Mascar chicletes para agradar ao paladar ou para melhor o hálito é algo que faz parte da vida cotidiana de muitos brasileiros —e um hábito inofensivo, desde que adotado com moderação.

Mascar por muitas horas pode desencadear crises de cefaleias tensionais (dores de cabeça causadas por tensão muscular) e enxaquecas em pessoas predispostas a esses distúrbios, alerta André Ulisses Dantas Batista, mestre em reabilitação oral.

Do ponto de vista gastrointestinal, a médica Elaine Moreira, membro da FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia), aponta que também há riscos. “Ao mascar a goma, aumentamos a produção de saliva e, consequentemente, a produção do suco gástrico, que fica aguardando a chegada do alimento para ser digerido dentro do estômago. Então, o hábito de mascar chiclete faz com que aumente a produção desse ácido parado, podendo levar a um quadro de gastrite.”

O ideal, portanto, é mascar enquanto há sabor, descartar a goma e escovar os dentes em seguida. Além disso, prefira as versões sem açúcar, para evitar danos à boca e aos dentes.

De acordo com Batista, o açúcar serve como alimento para os microrganismos presentes na placa bacteriana dos dentes, especialmente o Streptococcus mutans, que produz substâncias como o ácido lático, responsável por diminuir o pH da saliva.

“Quando o pH fica abaixo de 5,5, o esmalte dos dentes começa a se desgastar, o que pode levar ao surgimento de cáries”, explica ele, que é professor associado do departamento de odontologia restauradora da Universidade Federal da Paraíba. Esse processo, acrescenta, piora quanto maior for sua duração e frequência.

Se o hábito for mascar chicletes com açúcar —ou deixá-los na boca— por uma tarde toda, ou várias vezes ao dia, sem escovar os dentes depois, o risco de cárie é maior.

Não consegue escovar os dentes logo em seguida? Fique mais um pouquinho com o chiclete

Curiosamente, uma forma de amenizar o prejuízo, se você masca chiclete com açúcar e não tiver como escovar os dentes em seguida, é não jogar a goma fora logo depois que ela perde o sabor, aponta Lidiany Rodrigues, especialista em cariologia e professora da UFC (Universidade Federal do Ceará).

Isso porque, segundo Rodrigues, a continuidade da mastigação estimula o fluxo salivar, fazendo com que a saliva possa exercer seu papel protetor das estruturas dentárias, “lavando” os açúcares e tamponando os ácidos, diminuindo assim a possibilidade do aparecimento de cárie. “Em outras palavras, essa pessoa terá prejuízo de ter sacarose na boca sem ter o benefício da limpeza oferecido pela saliva estimulada”, diz.

“Deve-se lembrar, porém, que o chiclete (sem açúcar ou adoçado com xilitol) não substitui uma higiene adequada, com fio dental, escova e pasta de dentes, que deve ser sempre prioritária. Mas o mascar vira uma alternativa quando não se tem a possibilidade de realizar a escovação, pelo menos de forma emergencial e de forma esporádica, não devendo ser encarada como um substitutivo”, diz Batista.

Evite mascar com frequência

Além do risco de cáries e gastrite, o uso excessivo de chicletes pode ter efeitos negativos na saúde bucal e muscular. Quando feito de forma excessiva, o hábito levar ao surgimento de sintomas de disfunção temporomandibular (ligações entre os ossos temporais do crânio e a mandíbula), que incluem dor e alterações na função dos músculos e articulações envolvidos na mastigação.

Segundo os especialistas, as respostas aos chicletes são individuais, o que significa que algumas pessoas podem mascar chicletes em grande quantidade sem relatar nenhum efeito negativo, enquanto outras podem ter efeitos adversos mesmo com um consumo menor. O melhor, portanto, é estar sempre atento a sinais incômodos que podem estar associados ao hábito, e diminuir o consumo caso apresente algum dos sintomas citados.

Mascar chicletes para agradar ao paladar ou para melhor o hálito é algo que faz parte da vida cotidiana de muitos brasileiros —e um hábito inofensivo, desde que adotado com moderação.

Mascar por muitas horas pode desencadear crises de cefaleias tensionais (dores de cabeça causadas por tensão muscular) e enxaquecas em pessoas predispostas a esses distúrbios, alerta André Ulisses Dantas Batista, mestre em reabilitação oral.

Do ponto de vista gastrointestinal, a médica Elaine Moreira, membro da FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia), aponta que também há riscos. “Ao mascar a goma, aumentamos a produção de saliva e, consequentemente, a produção do suco gástrico, que fica aguardando a chegada do alimento para ser digerido dentro do estômago. Então, o hábito de mascar chiclete faz com que aumente a produção desse ácido parado, podendo levar a um quadro de gastrite.”

O ideal, portanto, é mascar enquanto há sabor, descartar a goma e escovar os dentes em seguida. Além disso, prefira as versões sem açúcar, para evitar danos à boca e aos dentes.

De acordo com Batista, o açúcar serve como alimento para os microrganismos presentes na placa bacteriana dos dentes, especialmente o Streptococcus mutans, que produz substâncias como o ácido lático, responsável por diminuir o pH da saliva.

“Quando o pH fica abaixo de 5,5, o esmalte dos dentes começa a se desgastar, o que pode levar ao surgimento de cáries”, explica ele, que é professor associado do departamento de odontologia restauradora da Universidade Federal da Paraíba. Esse processo, acrescenta, piora quanto maior for sua duração e frequência.

Se o hábito for mascar chicletes com açúcar —ou deixá-los na boca— por uma tarde toda, ou várias vezes ao dia, sem escovar os dentes depois, o risco de cárie é maior.

Não consegue escovar os dentes logo em seguida? Fique mais um pouquinho com o chiclete

Curiosamente, uma forma de amenizar o prejuízo, se você masca chiclete com açúcar e não tiver como escovar os dentes em seguida, é não jogar a goma fora logo depois que ela perde o sabor, aponta Lidiany Rodrigues, especialista em cariologia e professora da UFC (Universidade Federal do Ceará).

Isso porque, segundo Rodrigues, a continuidade da mastigação estimula o fluxo salivar, fazendo com que a saliva possa exercer seu papel protetor das estruturas dentárias, “lavando” os açúcares e tamponando os ácidos, diminuindo assim a possibilidade do aparecimento de cárie. “Em outras palavras, essa pessoa terá prejuízo de ter sacarose na boca sem ter o benefício da limpeza oferecido pela saliva estimulada”, diz.

“Deve-se lembrar, porém, que o chiclete (sem açúcar ou adoçado com xilitol) não substitui uma higiene adequada, com fio dental, escova e pasta de dentes, que deve ser sempre prioritária. Mas o mascar vira uma alternativa quando não se tem a possibilidade de realizar a escovação, pelo menos de forma emergencial e de forma esporádica, não devendo ser encarada como um substitutivo”, diz Batista.

Evite mascar com frequência

Além do risco de cáries e gastrite, o uso excessivo de chicletes pode ter efeitos negativos na saúde bucal e muscular. Quando feito de forma excessiva, o hábito levar ao surgimento de sintomas de disfunção temporomandibular (ligações entre os ossos temporais do crânio e a mandíbula), que incluem dor e alterações na função dos músculos e articulações envolvidos na mastigação.

Segundo os especialistas, as respostas aos chicletes são individuais, o que significa que algumas pessoas podem mascar chicletes em grande quantidade sem relatar nenhum efeito negativo, enquanto outras podem ter efeitos adversos mesmo com um consumo menor. O melhor, portanto, é estar sempre atento a sinais incômodos que podem estar associados ao hábito, e diminuir o consumo caso apresente algum dos sintomas citados.

Fonte: uol
Colunista: @chefcarlosmiranda

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Carlos Miranda

Business consultant | Gastronomo | Chef Executivo | Pitmasters | Chef proprietário OSSOBUCO Outdoor Cooking