No entanto, as importações de fornecedores menores, como Uruguai e Estados Unidos, aumentaram.
A China, maior compradora de soja do mundo, importou 6,25 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil em agosto, ante 9,04 milhões de toneladas um ano antes, mostraram dados da Administração Geral de Alfândegas.
As importações totais no mês passado caíram 25% em relação ao ano anterior, para 7,17 milhões de toneladas, o menor nível para agosto desde 2014, já que os altos preços globais e a fraca demanda reduziram o apetite pela oleaginosa.
As chegadas de verão são tipicamente dominadas por grãos de origem brasileira, mas o mau tempo elevou os preços da oleaginosa no país sul-americano em um momento em que a demanda chinesa estava fraca.
A demanda por farelo de soja do setor de ração tem sido fraca depois que os suinocultores sofreram grandes perdas no início deste ano.
As chegadas dos Estados Unidos, segundo principal fornecedor da China, atingiram 286.762 toneladas, ante 17.575 toneladas no mesmo mês do ano passado, segundo dados alfandegários.
A China também importou 350.342 toneladas do Uruguai e 197.770 toneladas da Argentina em agosto, em comparação com zero carregamentos há um ano.
As importações da Argentina, terceiro fornecedor mundial, devem aumentar nos próximos meses, depois que o país ofereceu um incentivo cambial aos agricultores em setembro para aumentar os embarques.
Os agricultores argentinos venderam 15% da safra de soja 2021/22 do país nos sete dias seguintes ao incentivo, informou a bolsa de grãos de Rosário na semana passada.
A China comprou na semana passada mais de 10 cargas da Argentina para embarque em outubro e novembro, disse a consultoria Sitonia Consulting, com sede em Xangai, em nota.
No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a China trouxe 40,93 milhões de toneladas da soja brasileira, ante 43,05 milhões de toneladas no mesmo período de 2021.
As importações dos Estados Unidos de janeiro a agosto foram de 18,21 milhões de toneladas, ante 21,63 milhões de toneladas no ano anterior.