No segundo trimestre deste ano, os preços internacionais do suco de laranja permaneceram elevados, continuando a tendência iniciada no primeiro trimestre, quando atingiram níveis máximos de cinco anos na Europa e nos Estados Unidos, segundo o Rabobank. A primeira estimativa de safra da Fundecitrus para a safra 2023/24 em São Paulo e Minas Gerais foi de 309 milhões de caixas, porém essa magnitude não foi suficiente para alterar as expectativas do mercado.
Os preços do suco de laranja permaneceram em níveis elevados, com volatilidade, refletindo a situação atual de estoques mínimos e incerteza na recuperação da oferta. Mesmo com uma nova safra projetada em torno de 300 milhões de caixas, semelhante à safra anterior, espera-se que os estoques brasileiros de suco de laranja não se recuperem adequadamente.
“Os problemas de oferta continuam em outras regiões. No México, a estimativa final para a safra 2022/23 sugere que a produção recuou 35% em comparação a média das últimas cinco safras, para o patamar de 170 mil toneladas equivalentes. Já na Flórida, a última estimativa da safra 2022/23 do USDA indica que a produção foi de apenas 15,7 milhões de caixas. Os efeitos devastadores do furacão Ian em setembro passado e os impactos negativos do greening, levaram a menor produção no estado americano em mais de 70 anos”, indica. “Com relação aos produtores de laranja, os preços continuam no maior patamar dos últimos anos com preço spot acima de R$ 40/caixa e contratos sendo negociados acima de R$ 45/caixa para a próxima safra”, conclui a entidade.
Fonte: portaldoagronegocio