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Agronegócio

A verdade sobre a relação preço-consumo de combustíveis: muito além da regra dos 70%

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Como o nome indicava, ele podia usar gasolina, etanol ou a mistura desses dois combustíveis em qualquer proporção. A tecnologia revolucionou o mercado, mas criou uma dúvida na cabeça dos motoristas. E agora? Qual combustível usar? E até hoje, esta questão paira por sobre os postos de combustíveis. Mas como para toda dúvida a resposta vem da informação e da pesquisa, o importante é descobrir a verdade sobre a relação entre preço e consumo de combustíveis, que vai muito além da famosa regra dos 70%.

Atualmente, com as constantes variações dos preços dos combustíveis decorrentes de crises internacionais e políticas públicas de preços, os questionamentos sobre a escolha do uso da gasolina ou etanol estão cada vez mais em alta. O que a maioria das pessoas faz é usar a famosa regra dos 70%, que diz que basta multiplicar o preço do litro da gasolina por 0,7 para descobrir qual compensa mais. Se o resultado da conta for menor do que o valor do litro do etanol, valeria a pena a gasolina, pois o rendimento dela seria 30% maior do que álcool hidratado. Mas será que passados 20 anos, com a evolução dos motores, esta regra faz mesmo sentido?

Mito da regra dos 70%

Buscando esclarecer estas questões, o Instituto Mauá de Tecnologia realizou uma série de testes, com veículos flex. Com o objetivo de se aproximar ao máximo da realidade atual, foram utilizados modelos mais modernos e o etanol e a gasolina comum vendidos nos postos. Foram escolhidos cinco carros de quatro modelos, definidos de acordo com sua popularidade nos segmentos: compactos 1.0 e 1.6, sedã médio e SUV. Todos rodaram 27 km em cidades e mais 30 km em estradas. E os circuitos foram repetidos 15 vezes. Ao final, o teste acabou derrubando a regra dos 70% e revelando que o rendimento dos carros abastecidos com etanol era muito melhor do que se imaginava. O estudo mostrou que a relação de consumo e preço pode ser superior a 70% para o etanol, abrindo uma nova perspectiva mais vantajosa para o bolso do consumidor.

Além de revelar que hoje, a regra dos 70% é um mito, o teste do Instituto Mauá de Tecnologia mostrou que são muitas as variáveis que interferem na relação entre preço e consumo de combustíveis. Elas vão desde o tipo dos motores – hoje muito mais modernos e eficientes, até o jeito que cada condutor dirige, o que interfere diretamente no nível de eficiência por quilômetro rodado. Por isto, cada motorista deve fazer as contas para encontrar a proporção correta que atenda às suas necessidades e ao seu veículo. E como foi afirmado no começo do texto, para a dúvida, a resposta é a informação, daí a necessidade de estar bem-informado para tomar decisões conscientes e sustentáveis.

Opção sustentável

Em tempos de crescente preocupação com o meio ambiente e o futuro do planeta, o etanol se apresenta como um estratégico combustível verde, que contribui para a sustentabilidade ambiental, já que seu uso como combustível renovável é muito mais favorável em relação aos combustíveis fósseis. Neste cenário, o Brasil ocupa a segunda colocação no volume de produção de etanol em todo o mundo, só perdendo para os Estados Unidos. Ou seja, nós somos destaque na produção deste que é hoje considerado uma das principais alternativas limpas e renováveis e que diminui a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Etanol: aliado do meio ambiente

Em meio ao sobe e desce no preço dos combustíveis e as variações pelo país das alíquotas do ICMS que incide sobre a gasolina, a discussão sobre a melhor escolha a ser feita na hora de abastecer continua em alta. Isto sem falar nas propagandas das montadoras e das informações do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular. Ou seja, é preciso mesmo estar bem-informado para tomar a decisão de forma mais correta e segura. Mas lembrando o estudo do Instituto Mauá de Tecnologia, a realidade dos carros flex hoje é outra e o etanol se apresenta como uma opção inteligente, sustentável e economicamente vantajosa. É importante lembrar ainda, que, além de ser uma decisão pessoal, esta escolha passa também pela coletividade, já que o uso do etanol pode fazer toda a diferença no futuro da mobilidade urbana e na garantia de um futuro mais sustentável. E aí, a natureza é quem vai agradecer.

Fonte: portaldoagronegocio

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