O resultado se deve ao contrabalanceamento das variações dos índices de grupos de alimentos. Enquanto o IPPA-Grãos, o IPPA-Hortifrutícolas e o IPPA-Cana-Café recuaram, respectivamente, 0,7%, 1,2% e 1,3%, em termos nominais, o IPPA-Pecuária avançou 1,6%. O aumento no grupo de produtos da pecuária esteve atrelado à elevação nos preços nominais do leite, dos ovos, do suíno vivo e do frango vivo. No caso do leite, a baixa oferta no campo tem provocado a alta contínua dos preços desde o início deste ano.
A oferta reduzida de ovos no mercado doméstico também elevou os valores da proteína, registrando recorde na série de preços reais. Para o suíno, a demanda aquecida no início de agosto foi suficiente para garantir a alta dos preços nominais em relação a julho. Por fim, para o frango vivo, a alta se deveu à redução da oferta de animais. Entre os grãos, destaca-se a queda dos preços nominais do trigo em grão, que reflete a estimativa de produção recorde no Brasil. No mesmo grupo, tem-se a queda do preço nominal da soja.
Para os hortifrutícolas, o desempenho do índice foi marcado pelo recuo dos preços da batata e da banana. Finalmente, observaram-se quedas nas cotações nominais do café e da cana-de-açúcar, que compõem o último grupo de alimentos. Na mesma comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, recuou 1,14% – logo, de julho para agosto, os preços agropecuários subiram frente aos industriais da economia.