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Agronegócio

Agricultura de Precisão: ATeG impulsiona a eficiência e qualidade na produção de morangos

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A irrigação é feita através de gotejamento e, antes do atendimento pelo técnico de campo Humberto Baumgarten, era feita com uma caixa d’água de 1000 litros. Hoje, foi feito o aumento para uma caixa de 5 mil litros. Além disso, durante o dia, era feita a irrigação em dois turnos. Durante a manhã com uma solução nutritiva e, à tarde, apenas com água. Agora, nas duas ocasiões é usada a solução nutritiva. “Instalamos um dreno, que retorna o excesso de líquido para a caixa, e isso tem evitado muitos vazamentos e danos ao circuito de irrigação, o que levava a perdas de nutrientes e prejuízos com a manutenção frequente do sistema de irrigação”, contou Humberto. 

O dono da propriedade, Francisco Gomes, produz morango há . Pouco antes de entrar para a assistência técnica e gerencial, ele implantou o plantio suspenso, o que melhorou o manejo, mas ainda sofria muito com algumas pragas, como o ácaro-rajado. Com a melhoria na nutrição da planta e implantação de agentes , praticamente erradicou o problema de sua plantação. 

“Desde o início do ATeG, mudou muito meu produto, melhorou a nutrição, a adubação e a qualidade. Aqui, produzimos cerca de 20 mil quilos de morango por ano. Antes não tínhamos nenhum tipo de , com o Humberto, as coisas ficaram mais tranquilas”, contou Francisco.

Humberto também conseguiu gerar economia para a família. A adubação antes era feita com produtos comerciais prontos, que tinham um custo médio de 22 reais para cada 1000 litros de fertilização. Agora, esse valor chegou a apenas R$ 10,70 uma de 51%.

“Inserimos na propriedade a adubação com nitrato de cálcio, nitrato de potássio, NPK Map e sulfato de magnésio. Ensinei a eles como medir a quantidade necessária de cada produto e apenas com essa otimização, calculamos uma economia anual de cerca de 18 mil reais”, ressaltou Humberto. 

Sucesso na plantação e na sucessão familiar

As mudas plantadas na propriedade do Francisco são da espécie de morango monterey, uma variedade com alto teor de açúcar e que atinge tamanhos que surpreendem aos olhos. São duas estufas com cerca de 20 mil pés, produzindo quase um quilo cada. 

Foi plantando morangos que o Francisco sustentou a família e criou os filhos. Hoje, com 57 anos, viu mudar muita coisa no trabalho rural. Novas tecnologias auxiliam o plantio e a colheita. As preocupações com qualidade de vida de quem trabalha na lida também são outras. “Com o tempo as coisas ficaram mais tranquilas. Melhorou a mão de obra e o controle de , o manejo, o jeito de trabalhar. Com o plantio suspenso, por exemplo, o peso do corpo não fica todo nas pernas, até para arrumar quem trabalha na colheita é mais fácil. Quem deseja trabalhar com o campo, venha, pois é bom demais”, conta Francisco.

Apesar das melhorias na propriedade e da qualidade das plantas, o maior orgulho do Francisco é ter ao lado, na lida diária, o filho, Gustavo Henrique, de 23 anos. Após terminar os estudos, Gustavo se arriscou na vida urbana. Arrumou um emprego em Barbacena e não pensava em voltar. Porém a realidade da vida na cidade o fez ver o valor daquilo que tinha no campo.  

“Muitas vezes as pessoas vão cansando da lavoura, mas o campo é um ótimo lugar para trabalhar. A tecnologia hoje já ajuda muito. Muitas vezes, tem-se uma ideia muito pior do que é de fato. Quando vemos a realidade da vida profissional, de trabalhar para outras pessoas, com carteira assinada, vemos que isso aqui (o campo) dá muito mais qualidade de vida. É muito mais tranquilo. Fora o silêncio, a tranquilidade e a paz que o campo te dá para trabalhar”, contou Gustavo. 

Além do plantio, Gustavo auxilia na implantação de tecnologias alternativas, que melhoram o manejo das plantas, como na compra de um dispositivo que ele encontrou na internet, que emite uma frequência sonora e diminuiu drasticamente a perda de frutas para pássaros. Ele diz que agora não pretende mais sair novamente da vida rural.  “Eu voltei para as minhas origens, trabalhei fora, vi o mundo, não tive boas experiências e voltei para me acertar no campo. É muito prazeroso, chegar na lavoura e ver a planta com vigor, é a melhor coisa que tem, é igual um filho para você”, diz ele, sorrindo. 

O Sistema Faemg Senar tem entre seus serviços o Programa Sucessão no Campo, onde é incentivada e estimulada nos jovens a sucessão, preservação e a continuidade dos negócios familiares no campo. O produtor que tiver interesse em participar, deve procurar o sindicato rural da sua cidade. Para saber mais, acesse o site e tenha informações sobre o programa. 

Fonte: portaldoagronegocio

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