Os fertilizantes organominerais, ou os fertilizantes que possuem tecnologia Bio, são ferramentas de insumos agrícolas que utilizam em sua composição matéria orgânica, cama de frango, ou outros componentes orgânicos. Eles embarcam altas técnicas de bioinsumos para melhorar o solo e as plantas, podendo conter microrganismos ou ferramentas de fonte biotecnológica.
De todo o modo, os fertilizantes minerais tradicionais são importantes na produção agrícola, porém, quando aplicados os fertilizantes com tecnologia de bioinsumos, além da parte química, desenvolvem a parte biológica para melhorar a saúde e a vida da microbiota do solo. “Esse processo pode levar a colheitas mais sustentáveis ao médio e longo prazo. Além disso, os fertilizantes com a tecnologia de bioinsumos tendem a melhorar a vida microbiana do solo através de seus componentes, sendo de fontes sustentáveis, ou substâncias orgânicas que auxiliam na manutenção da dinâmica dos nutrientes no solo”, afirma Rafael Tadeu dos Santos, coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento do AgroGalaxy, um dos maiores grupos de varejo de insumos e serviços voltados ao agronegócio.
O especialista informa que os fertilizantes com tecnologia de bioinsumos têm ganhado popularidade entre os agricultores por causa de alguns benefícios que oferecem em comparação aos fertilizantes tradicionais, que são e sempre serão importantes para a agricultura. “As novas possibilidades de inserção de tecnologia e inovação aos fertilizantes vêm tendo cada vez mais aderência pelos produtores, sempre baseado na análise de solo para a tomada de decisão, e, em alguns casos, até mesmo a análise de qualidade de solo”, diz.
Santos considera que a utilização dos bioinsumos, de forma adequada, promove uma maior disponibilização de nutrientes para as plantas e no solo por meio do aumento da dinâmica de fungos e bactérias benéficas no ambiente, oferecendo uma solução mais eficaz para o crescimento sustentável das culturas. “Com uma base orgânica rica em bactérias, o uso de um bom condicionador biológico de solo associado aos bacillus contribui para que os fertilizantes, com suas cargas e ligações, diminuam a lixiviação e melhorem a disponibilidade dos nutrientes para as plantas”, explica.
De acordo com Rafael, os fertilizantes com bioinsumos potencializam a atividade microbiana no solo, o que promove a produção de ácidos orgânicos e enzimas importantes, estes fundamentais no ciclo de vários nutrientes, dentre eles: enxofre, nitrogênio, carbono e fósforo. “Com todos esses componentes, a planta pode se desenvolver de maneira mais tolerante as intemperes climáticas, tanto na parte aérea quanto no sistema radicular, resultando em uma manutenção do mais alto teto produtivo pré-estabelecido dos cultivares, híbridos, entre outros”, acrescenta.
Ainda segundo o coordenador de P&D do AgroGalaxy, os fertilizantes com bioinsumos mais adequados – que foram pesquisados e testados nos Centros Tecnológicos da companhia – são compostos pela mais alta tecnologia e a combinação de seus elementos ajuda a melhorar o solo em três níveis: físico, químico e biológico. “No nível físico, a estrutura e porosidade do solo são melhoradas, o que ajuda a reter água e nutrientes essenciais para o crescimento das plantas. No químico, os macros e micronutrientes podem se tornar mais disponíveis, contribuindo para a fertilidade do solo e garantindo que as plantas tenham acesso a todos os nutrientes de que precisam para se desenvolver plenamente. E no nível biológico, os bioinsumos estimulam e melhoram a parte viva do solo, incluindo microrganismos e microfauna, criando um ambiente favorável para o equilíbrio da biota”, comenta Rafael. “Além dessas três fases, o bioinsumo também aumenta a atividade biológica e enzimática onde é aplicado”, complementa.
Benefícios sustentáveis da utilização de fertilizantes biotecnológicos
Outro aspecto importante é que um fertilizante com bioinsumo adequado promove a economia circular, já que parte de sua base de produção é advinda de subproduto da indústria de avicultura, couro, ou, ainda, do processo de carcaças, ou seja, é uma forma de reaproveitamento de resíduos. Com isso, é possível aliar a sustentabilidade ao aumento da produção agrícola, trazendo benefícios tanto para o meio ambiente quanto para os produtores rurais.
Sob mais um aspecto sustentável, há a decomposição dessas substâncias orgânicas no solo, promovendo a liberação de alguns compostos, ou sendo possível inseri-los no sistema, seja aplicado em sulco ou pulverizado, ou fazendo parte da produção dos fertilizantes bio. “Os ácidos húmicos e fúlvicos são compostos orgânicos presentes no condicionador biológico de solo, que é a base de alguns fertilizantes orgânicos. Além de auxiliarem na fisiologia das plantas, esses compostos também possuem um papel importante na melhoria do solo, proporcionando uma série de benefícios ao ambiente onde são aplicados”, relata Rafael Tadeu dos Santos.
Para o especialista, um benefício adicional dos fertilizantes com bioinsumos é que eles promovem uma grande sinergia com a base do fertilizante tradicional, que tem como parte mineral necessária o Nitrogênio, Fosforo, Potássio, Enxofre, dentre outros, e agora com o adicional da fração orgânica. “Isso ocorre porque os fertilizantes bioinsumos são formulados com uma fração mineral e outra fração orgânica, e essa união de tecnologias contribui para a vida do solo e sustentabilidade da agricultura”, conclui o coordenador de P&D do AgroGalaxy.
Fonte: portaldoagronegocio