Publicado em 11 de maio na revista Nature Sustainability, o estudo é o primeiro a rastrear o número e o tamanho das fazendas ano a ano, datando da década de 1960 e projetando-se para 2100. O estudo mostra que mesmo as comunidades rurais dependentes de fazendas na África e na Ásia experimentarão uma queda no número de fazendas em operação.
“Vemos um ponto de inflexão da criação generalizada de fazendas para a consolidação generalizada globalmente, e essa é a trajetória futura em que a humanidade está atualmente”, disse Zia Mehrabi, professora assistente de estudos ambientais na CU Boulder. “O tamanho da fazenda e o número de fazendas existentes estão associados a importantes resultados ambientais e sociais.”
Para avaliar o estado global da agricultura, Mehrabi usou dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação sobre área agrícola, PIB per capita e tamanho da população rural de mais de 180 países para primeiro reconstruir a evolução do número de fazendas desde 1969. para 2013 e, em seguida, projetar esses números para 2100.
A análise deles descobriu que o número de fazendas em todo o mundo cairia de 616 milhões em 2020 para 272 milhões em 2100. Uma razão importante: à medida que a economia de um país cresce, mais pessoas migram para áreas urbanas, deixando menos pessoas para trás nas áreas rurais para cuidar.
Um declínio no número de fazendas e um aumento no tamanho das fazendas vêm ocorrendo nos Estados Unidos e na Europa Ocidental há décadas . Os dados mais recentes do Departamento de Agricultura dos EUA indicam que havia 200.000 fazendas a menos em 2022 do que em 2007.
A análise de Mehrabi descobriu que um ponto de inflexão da criação de fazendas para a consolidação generalizada começará a ocorrer a partir de 2050 em comunidades da Ásia, Oriente Médio, Norte da África, Oceania, América Latina e Caribe. A África Subsaariana seguirá o mesmo curso no final do século, segundo a pesquisa.
Fonte: portaldoagronegocio
