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Agronegócio

JBS registra Receita Líquida de R$ 87 bilhões e EBITDA de R$ 2,2 bilhões no 1º Trimestre de 2023: análise e perspectivas.

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A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, encerrou o primeiro trimestre de 2023 com uma Receita Líquida de R$ 87 bilhões. Esse foi o segundo maior faturamento da Companhia em se tratando de um primeiro trimestre, o que demonstra sua resiliência diante de um cenário econômico desafiador para diversos dos seus negócios. Seu EBITDA no período foi de R$ 2,2 bilhões.

“Iniciamos o ano de 2023 diante de muitos desafios, mas a nossa plataforma global diversificada continua se mostrando uma fortaleza. Medidas de gestão operacional e melhoria significativa de cenário já apontam para uma performance mais positiva e de acordo com o nosso potencial”, destaca Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS. 

Importantes unidades de negócios já trazem perspectivas positivas 

A JBS Brasil, que reúne os negócios de bovinos da empresa no País, apresentou Receita Líquida de R$ 12,2 bilhões e margem de 2,4% no primeiro trimestre, mesmo diante da suspensão temporária de exportações para a China, que atingiu todo o setor e que já foi revogada. A Companhia segue sua estratégia de: (i) aumentar o número de clientes-chave por meio do programa de fidelidade Friboi+ (Açougue Nota 10); (ii) crescer o portfólio de maior valor agregado; (iii) aumentar número de clientes no canal de food service; (iv) aproximar as marcas Friboi e Swift do varejo e dos consumidores finais; e (v) seguir melhorando a execução comercial.  

A Seara teve Receita Líquida de R$ 10,3 bilhões (+8,9% a/a), mas foi afetada por uma conjunção de fatores externos, especialmente no negócio de exportação de aves. Isso prejudicou as margens do negócio no período. Importante observar que a empresa continua performando bem no mercado doméstico, que respondeu por metade da receita da unidade no período, totalizando R$ 5,2 bilhões, 13,5% mais que no 1T22. A categoria de alimentos preparados cresceu 13% no ano a ano e deve continuar crescendo com todas as expansões e modernizações industriais que estão sendo inauguradas pela Companhia. 

“Na Seara, enfrentamos desafios de queda de preço nas exportações, de alto custo de grãos e baixa produtividade na agropecuária, que impactaram custos e volume. Tomamos as medidas para reverter a produtividade no campo e o custo de grãos já se mostra mais favorável, afirma o CEO global da JBS.  

Nos Estados Unidos, a Pilgrim’s Pride apresentou melhora de margens em relação ao trimestre imediatamente anterior, chegando a 6,5%. Cenário parecido se observa no negócio da JBS USA Pork, em que a Companhia segue investindo em inovação, ampliação do portfólio de produtos com melhores margens e ações de produtividade, o que deve ser reforçado com a consolidação das novas unidades de alimentos preparados de base suína e bacon, localizada no Missouri, e de especialidades italianas, construída em Columbia.  A JBS USA Beef atravessa período bastante desafiador. A empresa continua com o foco na melhoria da eficiência operacional, no aumento da participação dos produtos de maior valor agregado, assim como na distribuição global de produtos, principalmente por meio dos principais parceiros comerciais. 

“Na operação de carne bovina dos Estados Unidos, enfrentamos preço elevado de gado e um achatamento da margem. Além disso, a performance comercial e industrial ficou abaixo da nossa expectativa, questões já endereçadas”, relata Tomazoni. 

Gestão financeira apurada garante maior estabilidade

A acertada gestão financeira se mostrou mais uma vez um diferencial que garante a solidez da JBS. Mesmo com a alavancagem fechando o trimestre em 3,14x em reais e 3,16x em dólares, a empresa permanece com patamar de endividamento controlado, fruto dos movimentos de liability management realizados nos trimestres anteriores. 

De acordo com Tomazoni, “o crescimento da alavancagem já era esperado devido ao processo de normalização das margens dado os ciclos dos negócios. Por isso, a companhia se preparou para esse cenário, alongando o prazo médio e reduzindo o custo da dívida, aumentando a liquidez através de incremento das linhas rotativas e alinhando as cláusulas dos bonds com as das últimas emissões realizadas como Investment Grade. Não temos nenhum vencimento relevante até 2027. Além disso, já mapeamos o potencial de liberar US$ 1,2 bilhão de capital de giro”. 

A JBS encerrou o trimestre com R$ 9 bilhões em caixa e possui US$ 3,2 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas, sem garantia real, sendo US$ 2,8 bilhões na JBS USA e US$ 450 milhões na JBS Brasil, equivalentes a R$16,4 bilhões pelo câmbio de fechamento do período. Assim, disponibilidade total da Companhia é de R$25 bilhões.

“Nos últimos 12 anos, é o primeiro trimestre que nos deparamos com adversidades em quase todos os países onde operamos. Isso nos faz acreditar mais do que nunca que nossos colaboradores e a nossa diversificação geográfica e de proteína, principalmente em cenários desafiadores, são nossa grande fortaleza”, completa Gilberto Tomazoni.

Fonte: portaldoagronegocio

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