“Com a evolução da colheita, que já ultrapassa os 94,5% da área estimada para o país, e a desvalorização do dólar, que chegou a ser cotado a R$ 4,93 durante a quinta-feira (11), as cotações do cereal seguiram com viés baixista na semana”, explica o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira.
A média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), principal referencial nacional, fechou o dia 11 cotada a R$ 86,00, apresentando um recuo de 0,80% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, houve uma queda de 0,96%. “E um aumento de 22,88% quando comparado ao mesmo período de 2022”, acrescenta o analista.
O oitavo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2022/23 de arroz indica produção de 9,947 milhões de toneladas, o que representa um decréscimo de 7,8% sobre as 10,788 milhões de toneladas de 2021/22. No sétimo levantamento, eram esperadas 9,940 milhões de toneladas.
A área plantada com arroz na temporada 2022/23 foi estimada em 1,468 milhão de hectares, ante 1,618 milhão semeados na safra 2021/22. A produtividade das lavouras foi estimada em 6.773 quilos por hectare, superior em 1,6% aos 6.667 quilos por hectare na temporada passada.
O Rio Grande do Sul, principal Estado produtor, deve ter uma safra de 6,934 milhões de toneladas, equivalendo a um recuo de 9,4%. A área prevista é de 862,6 mil hectares, perda de 9,9% ante os 957,4 mil hectares de 2021/22, com rendimento esperado de 8.039 quilos por hectare, ante 7.995 quilos da anterior.
Em Santa Catarina, a produção deverá totalizar de 1,178 milhão de toneladas, mesmo patamar da safra 2021/22. O estado é o segundo maior produtor do país. Para o Mato Grosso, a Conab está estimando uma safra de 270,5 mil toneladas, ante 332,1 mil toneladas calculadas para 2021/22.
Fonte: portaldoagronegocio
