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Agronegócio

FAO avança no processo de alteração dos limites máximos de resíduos de nicarbazina em frangos de corte

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A das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) decidiu avançar no processo de dos Limites Máximos de Resíduos (LMR) de nicarbazina, que tem ação efetiva no controle da coccidiose em frangos de corte. A definição ocorreu em reunião do comitê responsável (CCRVDF) por resíduos de produtos veterinários em alimentos, realizada em fevereiro, em Portland, nos Estados Unidos.

Atualmente, os limites são de 200 partes por bilhão (ppb) para músculo, fígado, rim e pele mais gordura – valores definidos pela FAO em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) há 25 anos e constantes no Codex Alimentarius. Novos estudos motivaram a proposição do aumento para 4.000 ppb para músculo, 15.000 ppb para fígado, 8.000 ppb para rim e 4.000 ppb para pele mais gordura. A próxima etapa de avaliações está prevista para julho, na mesma comissão.

“A elevação dos limites de resíduos acompanha o avanço das pesquisas científicas a molécula, que é fundamental para o manejo da coccidiose, enfermidade que causa perdas de até US$ 13 bilhões por ano no mundo, levantamentos recentes”, comenta a médica-veterinária Patrícia Tironi Rocha, gerente técnica de avicultura da Phibro Saúde Animal e mestre em ciência animal pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

De acordo com a especialista, a mudança nos LMR está em linha com os parâmetros menos restritos já adotados por EUA, União Europeia (UE), Canadá e Singapura, além do Japão – a partir de novembro de 2022 – e do próprio Brasil, após a publicação de instrução normativa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há um ano. No caso brasileiro e da UE, há uma diferença: o limite para rim é de 6.000 ppb, abaixo do proposto pelo comitê da FAO.

“A nicarbazina é um anticoccidiano sintético lançado em 1955. Passados quase 70 anos, a molécula continua sendo uma das mais eficientes para o controle da coccidiose em frangos de corte. Por essa razão, o ingrediente ativo é utilizado por produtores em todo o mundo, inclusive por indústrias que produzem carne sem o uso de antibióticos”, complementa Patrícia Rocha. 

A Phibro Saúde Animal, empresa global referência em e saúde animal, é a principal produtora de nicarbazina em nível mundial. No Brasil, a companhia de origem norte-americana se destaca com plantas fabris para a produção de soluções anticoccidianas à base de nicarbazina, composta por Nicarmix 25 (nicarbazina 25%), e Aviax Plus (associação de nicarbazina 8% com o ionóforo semduramicina 3%).

Fonte: portaldoagronegocio

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