Por outro lado, o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, observa que a queda dos preços do milho e da soja, devido à entrada da oferta no mercado, fez com que os produtores voltassem a ofertar trigo. “Este é um movimento pontual, mas que pode ser interessante aos compradores”, disse.
Estes seguem retraídos, bem abastecidos e buscando apenas negócios de ocasião. Recentemente a fraqueza do dólar favorecia a importação do grão.
Ao mesmo tempo, os produtores também mantêm uma postura inflexível. Eles se baseiam na avançada comercialização da safra gaúcha de trigo, que já supera 70%, na escassez de oferta de qualidade no Paraná, e na quebra da safra argentina. Faltando cerca de 5 meses para a entrada da safra nova, os vendedores apostam em momentos mais favoráveis para negociar mais adiante.
“Olhando para a dinâmica de formação de preços, a percepção do comprador tem como base a paridade de importação. Em momentos de escassez de oferta interna – como deve ocorrer no pico da entressafra – o preço que o trigo importado chega aos moinhos determina o patamar máximo que o produtor doméstico pode pedir pelo seu produto. No caso do Paraná, onde a situação de escassez deve ser mais evidente, essa referência será mais importante”, explicou.
Fonte: portaldoagronegocio
