A Argentina teve um aumento de 5% em relação a julho em seu fluxo de caixa das exportações de grãos para US$ 3,4 bilhões, informou a Reuters. A nação está tentando aumentar seu fluxo de moeda estrangeira para reconstruir as reservas do banco central.
O valor dos dólares das exportações agrícolas aumentou 11% ano a ano em agosto, para um recorde histórico de US$ 25,7 bilhões no ano, segundo a CIARA-CEC, a câmara de exportação da indústria de grãos e sementes oleaginosas. Os exportadores de grãos são obrigados a converter os ganhos em dólares para a moeda local em pesos. A Argentina tem controles cambiais rígidos para preservar reservas escassas, disse a Reuters.
A CIARA-CEC disse que as exportações de grãos foram impactadas por efeitos climáticos negativos na colheita a granel, bem como por uma economia e mercado de câmbio voláteis. “Isso aprofundou a capacidade ociosa da indústria de esmagamento de soja, que continua trabalhando com margens negativas mesmo em plena safra e que está levando a paralisações da produção”, afirmou.
Este ano marca a terceira primavera consecutiva em que o La Niña prevaleceu. A primavera de 2020 foi provavelmente a mais difícil para as colheitas e os agricultores devido ao notável atraso nas chuvas sazonais que ocorreram naquele ano. Algumas plantações de culturas de primavera, como milho e soja, foram adiadas até novembro e algumas das culturas que foram plantadas no final de setembro e início de outubro lutaram por muitas semanas por causa das chuvas limitadas e da baixa umidade do solo. As informações são do World Grain.