A expectativa é de que, nesse período, um maior percentual de batatas já tivesse sido comercializado. Porém, com o grande volume de chuvas registrado ao longo dos últimos meses, houve atrasos significativos nos calendários de plantio e colheita das regiões produtoras, o que dificultaram o escalonamento das atividades, concentrando um volume maior que o típico para o final da safra.
Diante desse cenário, ao contrário do que geralmente ocorre, a previsão é de que a oferta de tubérculos se mantenha elevada até o final da temporada, com o volume variando de acordo com o “atraso” de cada região.
Nas praças mineiras, por exemplo, as colheitas já se encontram na reta final. O Sul de Minas Gerais deve ofertar suas poucas áreas restantes nas duas primeiras semanas de abril, e o Cerrado, seus últimos 15% ao longo do mês. Já em Guarapuava (PR), as mudanças são mais significativas, uma vez que a finalização dos plantios – que geralmente ocorre em fevereiro – se deu apenas no mês de março.
Em Água Doce (SC), os atrasos nos cultivos geraram uma concentração de oferta neste mês, quando a região colheu cerca de 65% do total. A previsão é de que as atividades continuem em ritmo intenso ao longo de abril, chegando a 85%. Enquanto isso, na Chapada Diamantina (BA), os atrasos refletiram em uma diminuição na quantidade de tubérculos disponíveis para colheita nas últimas duas semanas – o que, inclusive, também explica a alta observada nas cotações da praça baiana. Diante disso, produtores estimam que a oferta – que geralmente é bem distribuída ao longo do ano todo – deve ser atipicamente maior entre os meses de abril e maio.
Fonte: portaldoagronegocio