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Agronegócio

Aplicação de biológicos em vinhaça localizada na cana-de-açúcar gera incremento de produtividade

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Aplicação de biológicos em vinhaça localizada na cana-de-açúcar gera incremento de produtividade

Rica em potássio, nitrogênio e matéria orgânica, a vinhaça, que também é conhecida como vinhoto, tiborna ou restilo, é um resíduo que sobra após a destilação fracionada do caldo de cana-de-açúcar (garapa) fermentado, para a obtenção do etanol (álcool etílico). Estima-se que para cada litro do combustível produzido, 12 litros de vinhaça são deixados como resíduo.

Entretanto, esse subproduto, que já é utilizado há muito tempo trazendo grandes benefícios agronômicos para setor sucroenergético, vem ganhando cada vez mais relevância nas lavouras de cana-de-açúcar, servindo como veículo para alavancar a produtividade. A aplicação localizada de vinhaça, como é chamada a técnica, trata-se da distribuição da vinhaça de forma homogênea ao longo das linhas da cultura, promovendo o aumento significativo das áreas contempladas com a aplicação do resíduo.

Um dos motivos do crescimento dessa ferramenta é que ela permite que mais áreas recebam os benefícios agronômicos da sua composição. Isso porque na forma tradicional de aplicação, a vinhaça precisa ser levada até a lavoura através de canais e adutoras para ser depositada no processo de aspersão. Já na forma localizada, um caminhão ou trator com um tanque realiza o trabalho, aplicando em média 30m³ por hectare, em cima da linha da cana. Essa homogeneização traz melhoria da qualidade da aplicação quando comparada à forma tradicional, além de oferecer maior segurança ao meio ambiente, ganhos agronômicos e financeiros.

Os benefícios da vinhaça localizada, no entanto, são ainda maiores, conforme explica Gian Garcia, coordenador de vendas para o segmento de cana-de-açúcar da Biotrop – empresa brasileira dentre as líderes do mercado de biológicos. “No momento da sua aplicação, além da irrigação (molhamento) que ela possibilita, melhorando a brotação da soqueira, maior uniformidade de desenvolvimento e alto vigor da cana-de-açúcar, podemos considerá-la como veículo para outros produtos, fora os que já carrega tradicionalmente, como o potássio, nitrogênio e matéria orgânica”, conta. O profissional se refere à possibilidade de agregar os produtos biológicos à operação, otimizando o recurso.

Compatibilidade

Não é todo produto, seja químico ou biológico, que pode ser adicionado à vinhaça localizada. Mas o setor sucroenergético já possui opções. Pensando na comodidade e no aumento de produtividade de seus clientes, a Biotrop foi pioneira em anunciar a compatibilidade de produtos biológicos para aplicação na vinhaça. De acordo com Garcia, diversas tecnologias da empresa das linhas de bioinseticidas, bionematicidas, hidrocapacitores, biofungicidas, bioestimulantes, fixadores de nitrogênio (FBN), solubilizadores de nutrientes e contra estresses (abióticos e bióticos) já foram testadas e tiveram eficácia comprovada na aplicação de vinhaça localizada, potencializando o manejo.

Diferenciais na formulação dos produtos da Biotrop, com composições modernas e inovadoras, possibilitam esse tipo de uso, apresentando: compatibilidade e garantia de sobrevivência dos microrganismos em meios agressivos como a vinhaça e em mistura com produtos químicos; velocidade de ação presente em algumas das tecnologias da empresa, que acelera a ativação das bactérias no solo e a colonização das raízes; e tempo estendido de prateleira.

Resultados

Além da comprovação em laboratório, as equipes da Biotrop acompanham, desde 2020, áreas de usinas no manejo da vinhaça localizada. Robson Andreotti, representante técnico de vendas da companhia, destaca que hoje as áreas que não estão aderindo à vinhaça localizada e otimizando a operação com o uso de biológicos “estão deixando de ganhar”.

Os primeiros ensaios iniciaram na região do Vale do Paranapanema, em São Paulo, e a prática enriquecida com bioinsumos da Biotrop demonstrou incremento médio de cinco a sete toneladas de cana-de-açúcar por hectare, espalhando excelentes resultados no decorrer dos últimos dois anos por todo o Brasil.

Andreotti completa que a vinhaça localizada contribui em média com 120 kg de K2O por ano, ou seja, é uma forma de ajudar operacionalmente a destinar um subproduto rico neste nutriente e a diminuir a adubação, reduzindo custos com fertilizantes. “Além disso, favorece o reforço do manejo de pragas e doenças com os biológicos, atingindo mais fácil o alvo”, finaliza o representante de vendas.

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