Cerca de 75% do biocombustível é oriundo do milho. Considerado o terceiro maior estado produtor de etanol do Brasil, o estado conta com uma projeção para o ciclo 2023/24 de 5,3 bilhões de litros.
Os números foram divulgados nesta quarta-feira (29) pelas Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (BIOIND-MT), antigo Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool-MT).
Conforme a entidade, na safra 2022/23 somente em etanol de milho foram produzidos 3,2 bilhões de litros e em etanol de cana 1,075 bilhão. A entidade destaca que para a safra 2023/24, que inicia em abril, as projeções apontam 4,2 bilhões de litros em etanol de milho e 1,1 bilhão de litros em etanol de cana.
Quanto à moagem de milho para a produção de etanol, a previsão é que na safra 2022/23 seja registrado o patamar de 7,29 milhões de toneladas, enquanto para a safra 2023/24 devem ser moídos um total de 9,35 milhões de toneladas. No que tange a cana, foram 15,9 milhões de toneladas moídas na última safra e para 2023/24 esse número deve chegar a 16,6 milhões.
Em relação a produção de DDGs, insumo originado a partir do milho, foram produzidos 1,6 milhão de toneladas nesta safra 2022/2023 e para a próxima a estimativa é de que esse valor chegue a 1,8 milhão.
Investimentos das indústrias puxam alta na produção
Ainda de acordo com a BIOIND-MT, o aumento na produção de etanol no estado ocorreu devido aos investimentos anteriormente planejados pelas indústrias, uma vez que o setor vive atualmente um momento de incertezas, após uma política de estímulo ao consumo de combustíveis fósseis, quando houve baixa de impostos favoráveis à gasolina.
Tais investimentos planejados anteriormente, inclusive, podem ser vistos através do início das operações da FS em Primavera do Leste, com a produção de milho, estimada para o primeiro semestre de 2023, além da finalização da ampliação de uma outra unidade em Nova Mutum.
“Esse momento gera o fortalecimento de toda nossa cadeia industrial, que trabalha constantemente pela inovação e para oferecer mais opções para mercado. No caso do etanol de milho, por exemplo, com a mesma matéria-prima é possível gerar também o DDG, que são utilizados para nutrição animal, energia elétrica e óleo de milho. Já no caso da cana de açúcar a diversificação de produtos vem com energia elétrica, biogás, levedura seca e biofertilizantes”, afirma o presidente da entidade, Sílvio Rangel.
A BIOIND-MT revela que a produção mato-grossense de etanol em 2022 foi comercializada para 17 estados, dentre eles São Paulo, Amazonas, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul e Paraná.
Fonte: portaldoagronegocio