A Caldeira de Recuperação é considerada o “coração” da fábrica, responsável pela queima de biomassa e geração de energia limpa;
Além de garantir o próprio abastecimento energético, a nova unidade vai exportar 180 MW médios de energia, suficientes para abastecer uma cidade de mais de 2,3 milhões de habitantes durante um mês.
A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, consolidou nesta terça-feira (30/08) um importante marco na construção da sua nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS): o início da montagem eletromecânica da caldeira de força e recuperação. Esta estrutura é responsável pela queima de biomassa e geração de energia limpa que abastecerá a linha de produção de celulose de sua nova unidade.
“A montagem da estrutura da caldeira de força e recuperação marca um importante avanço na construção da nova fábrica e, consequentemente, em nossa estratégia de longo prazo. Estamos orgulhosos com esse novo passo que, além de evidenciar a presença da inovabilidade em nossas produções, traduz a estratégia de competitividade e novos negócios da companhia e reforça o nosso propósito de renovar a vida a partir da árvore”, afirma Aires Galhardo, diretor executivo Industrial de Celulose, Engenharia e Energia da Suzano.
A produção de celulose da Suzano é baseada em uma matriz energética sustentável e, dessa forma, toda a energia elétrica necessária para o funcionamento da fábrica será gerada a partir da queima de resíduos oriundos do processo, conhecidos como biomassa sólida e líquida, subprodutos da madeira. Esses resíduos são queimados em caldeiras para a geração de vapor que movimenta as turbinas que, por sua vez, produzem energia. Além de garantir o próprio abastecimento energético, a nova unidade vai exportar 180 MW médios de energia, suficientes para abastecer uma cidade de mais de 2,3 milhões de habitantes durante um mês.
“A instalação da primeira coluna da caldeira é um dos grandes marcos da construção de uma fábrica de celulose, especialmente de um projeto competitivo em que buscamos unir a economia de energia com o melhor aproveitamento de recursos. Estamos felizes que chegamos nesta etapa, que marca uma nova fase do empreendimento, ou seja, o início da montagem da planta, dando sequência a etapa da construção civil que está em andamento”, afirma Maurício Miranda, diretor responsável pelas obras de implantação da nova fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo.
A estrutura de sustentação da caldeira pesa cerca de 4 mil toneladas e será executada pela ANDRITZ, multinacional do setor de tecnologia industrial com sede na Áustria. A empresa é responsável pelo fornecimento de tecnologias para os processos energeticamente eficientes do ponto de vista ambiental para todas as principais ilhas de processo da nova fábrica, entre as quais a produção de fibra e a recuperação química.
“Esta é uma etapa do projeto de grande complexidade, iniciar a montagem da estrutura é ver de fato o projeto começar a tomar forma, nós da ANDRITZ estamos muito felizes com mais esse marco para nossa história e essa parceria de sucesso com a Suzano”, afirma Luis Mario Bordini, diretor-presidente da Andritz Brasil.
Anunciada em maio de 2021, a nova fábrica da Suzano receberá investimento de R$ 19,3 bilhões e terá como diferenciais a gaseificação da biomassa para substituição de combustível fóssil nos fornos de cal e maior ecoeficiência em termos de baixa emissão de carbono. Além disso, será a mais competitiva da empresa em termos de custo caixa produção de celulose, com 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto produzidas por ano. O pico das obras deverá gerar cerca de 10 mil empregos diretos e, ao entrar em operação no segundo semestre de 2024, a nova unidade vai empregar 3 mil pessoas entre colaboradores próprios e terceiros para atender as áreas florestal e industrial, movimentando toda a cadeia econômica de Ribas do Rio Pardo e municípios da mesma região.