Os agricultores do Estado iniciaram as vendas de milho 2023/24, com 1,78% safra esperada já negociada, mas também com atraso.
“O atraso é pautado pela mudança do perfil do produtor, que tem segurado o grão visando preços maiores”, afirmou o instituto ligado aos agricultores em boletim à parte sobre a soja.
Quanto ao milho, “essa demora nas negociações está atrelada ao atraso na comercialização dos insumos, visto que as primeiras vendas são realizadas em forma de barter”, disse.
No mesmo período do ciclo anterior, 16,28% da soja e 6,51% do milho estavam vendidos. A média histórica para esta época do ano para a comercialização antecipada da oleaginosa e do cereal é de 12,49% e 6,87%, respectivamente.
O Imea também informou que foram negociados 6,27% da produção esperada para o algodão de 2023/24, versus 14,26% um ano antes e média histórica de 13,38%.
“Esse cenário de atraso, atrelado ao menor avanço mensal, é pautado pela mudança de conduta do cotonicultor em aguardar cotações mais atrativas para negociar a sua pluma.”
CICLO ATUAL
Para a safra atual, de 2022/23, o Imea informou que as vendas de soja chegaram a 52,26% da produção, crescimento de 7,11 pontos na variação mensal e também com atraso sobre os últimos anos.
“O ritmo (mensal) das vendas aumentou devido aos bons resultados produtivos nas lavouras do Estado, o que motivou o produtor a negociar mais”, afirmou o instituto.
Um ano antes, este número estava em 62,19% e a média histórica é de 67,21%, de acordo com os dados.
No caso do milho 2022/23, cujo plantio está sendo finalizado em Mato Grosso, as vendas atingiram 30,04% da safra esperada, contra 48,48% um ano antes e média histórica de 50,63%.
Segundo o instituto, o incremento mensal de 4,87 pontos nos negócios do cereal se deu devido ao otimismo em relação à produção, uma vez que cerca de 80% das lavouras mato-grossenses foram semeadas dentro da janela ideal.
Os produtores do Estado ainda venderam 60,54% da produção esperada para o algodão desta safra, abaixo dos 64,50% de um ano antes e da média histórica, fixada em 68,62%.
As vendas de algodão tiveram um avanço mensal de 2,25 pontos percentuais.
“Cabe destacar que as desvalorizações observadas nos preços da pluma nos últimos meses foram o principal fator que desmotivou novos negócios no Estado”, ponderou.
Fonte: portaldoagronegocio