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Agronegócio

Safras eleva previsão para café do Brasil 22/23 e vê lentas vendas do novo ciclo

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A produção de café do Brasil no ciclo 2022/23, com colheita realizada no ano passado, foi maior do que o previsto, apontou a consultoria Safras & Mercado, estimando a colheita no maior produtor mundial em 58,9 milhões de sacas de 60 kg.

A nova estimativa é 1,6 milhão de toneladas acima da previsão anterior, disse a Safras, indicando que agora projeta que a colheita de arábica tenha somado 35,95 milhões de sacas no ano passado, e a de canéfora (robusta/conilon) atingido 22,95 milhões de sacas.

A percepção de mais café no mercado disponível no momento, por conta do ajuste no fluxo, levou à revisão para cima no número de safra, disse o consultor Gil Barabach.

Ele ponderou que o fluxo de vendas segue bastante cadenciado, mesmo com a recente valorização dos preços.

“Até houve um pouco mais de negócios, mas de forma muito escalonada e sem gerar grande pressão do lado da oferta. A percepção de que havia mais café disponível resultou em um maior interesse por parte do vendedor, que não se traduziu em um fluxo contínuo e linear, mas acabou melhorando o volume total de negócios”, disse.

As vendas de arábica alcançam 81% do total da safra, sinalizando uma leve melhora no fluxo. Em igual período do ano passado, o comprometimento por parte do produtor girava em torno de 87%.

Já a comercialização de conilon ganhou um pouco mais de ritmo, com aumento do interesse de .

“A proximidade da safra, que promete ser novamente muito boa, acaba trazendo mais café remanescente ao mercado. O produtor quer evitar ficar com muito café na nessa transição entre as safras, diante do risco de queda mais acentuada no preço com o avanço da oferta de conilon novo no mercado”, analisou o especialista.

A colheita de grãos canéforas da safra 2023/24 deve começar nas próximas semanas.

Já as vendas antecipadas do novo ciclo estão em apenas 19% do total esperado a ser produzido, avanço de dois pontos no comparativo com um mês atrás.

O percentual de vendas é muito inferior a igual período do ano passado, quando estava em cerca de 28% da nova safra.

“O mercado invertido na ICE US (Bolsa de ) e os diferenciais mais fracos para safra nova acabam pesando contra as indicações para fixação antecipada da safra 2023”, disse o consultor.

As vendas do café arábica seguem mais aceleradas, com 27% da safra comprometida.

“Esse percentual envolve operações de troca, trava junto a tradings e as rolagens de negociação da safra passada”, comentou.

No caso do conilon, as operações de troca, principalmente, e algumas fixações junto à indústria, serviram para destravar as vendas antecipadas, comentou Barabach. “A ideia é que 5% do potencial da safra 2023 de conilon do Brasil já está comprometida por parte dos produtores.”

Reuters

Fonte: portaldoagronegocio

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