Os contratos futuros do açúcar fecharam em baixa em todos os lotes das bolsas internacionais nesta terça-feira (30), pressionados, segundo analistas ouvidos pela Reuters, pela “fraqueza nos preços de energia”, o que faria com que o maior produtor (Brasil) direcionasse mais cana para a produção do adoçante, em detrimento da produção de etanol.
Em Nova York, na ICE Futures, o açúcar bruto fechou em baixa de 34 pontos no vencimento outubro/22, contratado a 18,10 centavos de dólar por libra-peso. Já a tela março/23 recuou 32 pontos, negociada a 17,96 cts/lb. Os demais contratos caíram entre 15 e 27 pontos.
Rumores de que aumentaram os bloqueios por Covid em algumas regiões da China também pressionaram o mercado ontem, uma vez que, segundo analistas, esses bloqueios podem prejudicar a demanda por açúcar no gigante asiático.
Londres
Em Londres a terça-feira também foi de baixa nas cotações do açúcar branco negociadas na ICE Futures Europe. O lote outubro/22 foi contratado ontem a US$ 548,50 a tonelada, desvalorização de 11,40 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela dezembro/22 caiu 9,50 dólares, negociada a US$ 521,00 a tonelada. Os demais lotes caíram entre 2,70 e 8 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a terça-feira foi de baixa, também, nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem a R$ 126,22 contra R$ 128,20 da véspera, recuo de 1,54% no comparativo entre os dias.
Etanol hidratado
O etanol hidratado também teve mais um dia de baixa pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.473,50 o m³, contra R$ 2.489,50 o m³ praticado na segunda-feira, recuo de 0,64% no comparativo. No mês de agosto o indicador acumula baixa de 18%.