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Agronegócio

Índice CEAGESP varia 3,79% em fevereiro

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O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de fevereiro com variação de 3,79%, ante uma variação de -2,62% no mês anterior. Com esse resultado, o índice encerrou o período com um acumulado de 1,08% no ano e 1,22% em 12 meses.  

O destaque do período ficou com o setor de DIVERSOS, que apresentou variação negativa de preços pelo terceiro mês consecutivo, puxada principalmente pelo arrefecimento nos preços da cebola e das batatas.  

Setorização  

O setor de FRUTAS variou 4,96%. Dos 47 itens cotados nesta cesta de produtos, 55,32% apresentaram aumento de preço. As principais altas ocorreram nos preços de UVA NIÁGARA (+42,49%), MANGA PALMER (+38,40%), MANGA TOMMY ATKINS (+30,44%), UVA VITÓRIA (+26,88%) e ABACAXI PÉROLA (+17,14%). As principais reduções ocorreram nos preços de ABACATE GEADA (-24,39%), PERA WILLIAMS IMPORTADA (-16,89%), PITAIA (-13,99%), UVA ITÁLIA (-13,52%) e MARACUJÁ AZEDO (-12,12%).  

DESTAQUES: Com o fim da safra de São Paulo, as mangas (Palmer e Tommy) e a uva niágara passaram a ter como origem (procedência) regiões mais distantes do Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), como Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Com isso, a diminuição na oferta do estado de São Paulo e o aumento da distância na origem fizeram com que os preços desses produtos se elevassem no mercado atacadista.  

O setor de LEGUMES variou 3,35%. Dos 31 itens cotados nesta cesta de produtos, 48,39% apresentaram aumento de preço. As principais altas ocorreram nos preços de PIMENTÃO AMARELO (+48,69%), CENOURA (+38,52%), PEPINO JAPONÊS (+34,06%), PEPINO COMUM (+31,30%) e PIMENTÃO VERMELHO (+28,13%). As principais reduções ocorreram nos preços de CARÁ (-27,83%), ABÓBORA JAPONESA (-25,74%), ABÓBORA MORANGA (-20,44%), INHAME (-16,82%) e MAXIXE (-14,39%).  

DESTAQUES: As chuvas que atingiram as regiões produtoras prejudicaram bastante a qualidade e, consequentemente, a oferta dos produtos. Embora os pimentões amarelo e vermelho e alguns pepinos tenham a produção controlada (realizada em estufas), a baixa luminosidade (dias consecutivos de chuvas ou nublado) retardou a maturação dos mesmos, enquanto a alta umidade favoreceu o aparecimento de pragas e doenças, acarretando reduções pontuais de oferta. Já para a cenoura, o solo encharcado dificultou a colheita do produto. O retardo na colheita, sob tais condições, culminou na perda de qualidade. Por outro lado, os produtos que conseguiram ser colhidos e apresentaram boa qualidade para comercialização ganharam preço no mercado atacadista.  

O setor de VERDURAS variou 11,33%. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 82,05% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de SALSA (+122,15%), REPOLHO LISO (+54,15%), ESPINAFRE (+38,08%), ALHO-PORÓ (+29,80%) e ACELGA (+27,50%). As principais reduções ocorreram nos preços de ALFACE CRESPA (-11,76%), ALFACE AMERICANA (-5,71%), MILHO VERDE (-5,36%), BRÓCOLOS NINJA (-5,34%) e ALFACE LISA (-1,35%).  

DESTAQUES: Com o resultado de fevereiro, o setor de Verduras acabou registrando a quarta valorização seguida de preços. As chuvas trouxeram, em grande parte, perdas à produção. Sobre esta valorização, há dois pontos a serem destacados: 1) Devido à baixa qualidade, ocorreram muitos descartes de produtos que seriam enviados para comercialização; 2) Houve entrada de produtos com classificação (tamanho) menor que a normalmente comercializada no mercado atacadista. Ambas as situações contribuíram para o aumento de preços no setor. 

O setor de DIVERSOS variou -4,12%. Dos 10 itens cotados nesta cesta de produtos, 50,00% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de BATATA LAVADA (-16,44%), COCO SECO (-9,70%), CEBOLA NACIONAL (-8,58%), BATATA ASTERIX (-5,09%) e AMENDOIM SEM CASCA (-1,88%). As principais altas ocorreram nos preços de OVOS BRANCOS (+15,38%), OVOS VERMELHOS (+12,92%), OVOS DE CODORNA (+3,25%) e AMENDOIM COM CASCA (+2,02%).   

DESTAQUES: Pelo terceiro mês consecutivo, o setor de Diversos apresentou desvalorização de preço, puxada principalmente pela cebola e pelas batatas. Todavia, a redução de preços no setor só não foi maior porque os ovos, em geral, mantiveram valorização o mês inteiro. Isso se deu, basicamente, devido a quatro fatores: 1) Aumento dos custos de produção (alimentação das aves); 2) Redução no plantel de galinhas poedeiras; 3) Gripe aviária nos mercados internacionais; 4) Aumento da demanda pelo produto devido à proximidade da Quaresma.  

O setor de PESCADOS variou -2,58%. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 46,43% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de CAVALINHA (-37,95%), NAMORADO (-13,45%), ROBALO (-12,94%), ATUM (-10,31%) e PESCADA GOETE (-9,19%). As principais altas ocorreram nos preços de LULA CONGELADA (+18,45%), SARDINHA LAGES (+16,24%), ANCHOVAS (+16,07%), SARDINHA CONGELADA (+13,99%) e BETARA (+5,93%).  

DESTAQUES: O setor de Pescados apresentou, pelo segundo mês consecutivo, uma desvalorização de preço. Com este resultado, o setor vem demonstrando uma desaceleração, haja vista a variação de -0,39% registrada no período anterior. Contudo, a redução de preços no setor poderia ser maior não fosse pela sardinha: os baixos estoques do produto congelado e a permanência do defeso para exemplares frescos até o fim do mês fizeram com que sardinha congelada e sardinha Lages (substituta da sardinha fresca) se valorizassem no mercado. 

Fonte: portaldoagronegocio

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