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Agronegócio

Forragens de trigo para alimentação animal trazem mais lucratividade na propriedade pecuária

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Pela terceira safra seguida, os pecuaristas do Rio Grande do Sul convivem com desafios na produção de alimento para o rebanho durante a safra de verão, devido aos problemas decorrentes da estiagem. Em 2023, a escassez hídrica se tornou ainda mais marcante, com a maior parte do estado sendo atingido pela seca. Nesse contexto, a utilização do inverno para a produção de volumoso se torna um dos principais caminhos para a sustentabilidade da propriedade. De acordo com o supervisor da Biotrigo Nutrição Animal, Luiz Gonzaga, apostar todas as fichas em uma monocultura aumenta significativamente a chance de frustrações e insucesso na propriedade rural. “A utilização de materiais voltados ao inverno, como o trigo para nutrição animal, traz grandes oportunidades, pois com mais uma fonte de alimento para o rebanho, o produtor não fica tão vulnerável a problemas como a estiagem, obtendo uma maior estabilidade na sua produção”, destaca.

Durante a 23ª edição da Expodireto Cotrijal, o pecuarista, seja de corte ou de leite, poderá conferir novas tecnologias em trigo para aumentar a rentabilidade da propriedade. É o exemplo do Energix 203, novo material voltado à produção de pré-secado e silagem, que oferece altos níveis de produtividade, com ótima qualidade nutricional ao rebanho. Para Mateus Riva, produtor de leite do município de Teutônia (RS), a silagem de trigo cumpre um importante papel na composição da dieta do seu rebanho. “Hoje, trabalho com esse material voltado exclusivamente para as novilhas, me proporcionando uma economia em feno, pré-secado e silagem de milho”, menciona. Segundo o pecuarista, a silagem de trigo possui ótimos níveis de proteína e um bom teor de amido, tornando o material propício para a dieta das novilhas. “Faço a silagem de trigo há quatro anos e não troco por nada. Estou muito contente, pois a produção atende as 100 novilhas que tenho na propriedade durante o ano inteiro”, conta Riva.

Conforme Gonzaga, a silagem de trigo entrega, além de um bom volume de produção, alta palatabilidade e qualidade bromatológica, fatores que resultam em uma maior conversão de leite ou carne no animal. “A silagem de trigo, quando colhida, entrega uma boa participação de folhas, que é onde está localizada a qualidade do conservado”, conta. A silagem de trigo também pode ser utilizada em consórcio com a silagem de milho, como uma substituição do feno. “Quanto mais eficiente na produção de forragem dentro da propriedade, mais lucratividade o agricultor terá, pois ele minimiza a necessidade da compra de alimento de fora, tornando sua fazenda mais rentável”, afirma Gonzaga.

Oportunidades no sistema a pasto

O trigo para pastejo também representa outra oportunidade na produção de alimento durante o inverno. Com implantação a partir do início de fevereiro, o XFront, novo lançamento da Biotrigo Nutrição Animal para o segmento, busca suprir a alta demanda de alimento durante a época do ano conhecido como vazio outonal. “O período é situado entre o final do ciclo das pastagens de verão e o início da forragem de inverno, tradicionalmente em março e abril. Nesse período, há uma falta de volumoso disponível na propriedade, em meio a uma alta demanda de alimento pelos animais”, indica Gonzaga. De acordo com ele, o produtor deve investir em materiais que consigam antecipar a entrada dos animais no pasto, ao mesmo tempo em que entreguem qualidade nutricional e produtividade. Isso, por sua vez, tende a refletir em maior conversão de leite ou de carne no animal. “Atualmente, a linha Biopasto, composta pelo XFront e pelo Lenox, consegue antecipar o primeiro pastejo em torno de 35 a 50 dias em comparação a outros materiais de inverno presentes no mercado”, conta.

A adaptação do trigo para pastejo em um momento do ano que outras forrageiras ainda não se estabeleceram foi um dos motivos que levaram Diogo Dalzochio, pecuarista de São Lourenço do Oeste (SC), a escolher o Lenox. Há três anos, o trigo se tornou uma boa opção em sua propriedade leiteira, que conta com 40 animais. “Junto à época de semeadura, a qualidade do Lenox é um grande diferencial. Ela superou as expectativas e foi bem aceita pelo gado. É tanta proteína que o pasto acaba se tornando barato”, aponta. Em sua penúltima safra com a forrageira, Dalzochio obteve oito pastejos com o material. “Por sua ótima qualidade em meados de setembro, o Lenox nos dava condições para ainda mais pastejos, mas decidimos dessecá-lo para o cultivo do milho”, relata.

Biotrigo na Expodireto

Segundo o gerente da Biotrigo Nutrição Animal, Alessandro Caseri, o evento apresenta uma grande oportunidade para os pecuaristas conferirem o que há de novo no mercado voltado à alimentação animal e para a Biotrigo entender quais são as principais demandas dos produtores. “É uma feira em que nós conseguimos trocar muita experiência com o nosso consumidor final, que é o pecuarista de leite e de corte. Além disso, também é o momento de conversarmos sobre as novidades da Biotrigo Nutrição Animal com consultores, técnicos e recomendantes, que levarão o posicionamento dos materiais da forma mais ajustada possível para o campo”, finaliza.

Fonte: portaldoagronegocio

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