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Agronegócio

Reabertura da China deve impactar equilíbrio entre oferta e demanda de carne suína, mas movimento ainda é incerto

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Conforme análise divulgada pelo banco europeu Rabobank a respeito da oferta, consumo e comércio global de carne suína no primeiro trimestre de 2023, a demanda por carne suína na China, enfraquecida devido à última onda grave de casos de Covid-19, estabelecimento de políticas restritivas de movimentação da população, além da alta oferta de animais pesados para abate, derrubou os preços e a demanda pela proteína. A previsão é de que esta volatilidade vista no gigante asiático para o setor suinícola deva continuar no decorrer deste primeiro trimestre do ano, e começar a ter sinais de melhora na demanda na virada para o segundo trimestre de 2023. 

Enquanto a expectativa da performance do setor é consideirada baixista pelos analistas no curto prazo, há um cenário positivo de retomada da demanda uma vez que os casos de Covid-19 na China diminuam de maneira substancial e a vida “volte ao normal” no país. Deve haver uma demanda reprimida nos canais de foodservice, mas também há dúvidas de como essa demanda deve se mostrar (mais fortalecida ou não), dados os desafios macroeconômicos. A volatilidade deve ser uma constante em 2023, e o banco espera que, se não houver mais nenhum fator que cause disrupção no setor suinícola, os preços do animal na China devem ter forte alta a partir do segunto trimestre.

No caso do Brasil que tem a China como principal parceiro nas exportações de carne suína, representando 42% na fatia dos embarques , o Rabobank projeta que o cenário se mantenha. Isso porque, embora as importações da China, de forma geral, devam ficar estáveis ​​em 2033, a competitividade do Brasil deve sustentar um crescimento de participação. Desta forma, a perspectiva é de de 2% no volume a ser embarcado rumo ao gigante asiático neste ano, ainda que a situação do controle da Covid-19 na China deva causar algum impacto no potencial de importações.

Mais pontos de atenção para o primeiro trimestre e os meses seguintes elencados pelo Rabobank, de forma geral, são os preços dos grãos, devido à estiagem na Argentina, colheita mais enxuta da safra /23 de milho e soja nos Estados Unidos, estoques finais mundiais menores e demanda incerta. Soma-se a isso questões sanitárias, relativas a casos de Peste Suína Africana e outras doenças que acomentem os suínos, recuperação do consumo pós-Covid-19 na China, condições macroeconômicas (confiança nos investimentos, emprego e consumo), e a competição da carne suína com outras proteínas no varejo e canais de foodservice.

Fonte: portaldoagronegocio

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