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Agronegócio

Açúcar: futuro inicia a semana em baixa com perspectiva de aumento de produção no Brasil

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Açúcar: futuro inicia a semana em baixa com perspectiva de aumento de produção no Brasil

As cotações do açúcar nos mercados futuros iniciaram a semana em forte queda com a perspectiva de que o maior produtor mundial, o Brasil, deva aumentar sua produção do adoçante a fim de compensar a recente queda nos preços dos combustíveis, o que desestimularia, segundo analistas, a produção de etanol. Em Nova York, na ICE Futures, as cotações do açúcar bruto no vencimento de maior liquidez chegaram a bater na menor cotação em duas semanas.

O vencimento outubro/22 da bolsa de NY foi contratado ontem a 17,94 centavos de dólar por libra-peso, 15 pontos a menos do que os preços praticados na sexta-feira. Já a tela março/23 caiu 12 pontos, negociada a 17,92 cts/lb. Os demais lotes recuaram entre 3 e 8 pontos.

Segundo análise da GreenPool trazida pela Agência Reuters, o mal-estar geral do mercado tem como pano de fundo “a fraqueza contínua do etanol hidratado, que caiu nas últimas semanas depois que uma série de leis governamentais no Brasil transformou o etanol no primo pobre na equação de escolha de produção”.

A agência internacional de notícias apontou, ainda, que o governo do Brasil cortou na sexta-feira sua estimativa de safra de cana-de-açúcar para 2022/23 para 514 milhões de toneladas o menor volume desde 2011 por causa do clima desfavorável e uma redução na área plantada.

Londres

Com o cenário futuro incerto, as cotações do açúcar branco negociado em Londres também fecharam em baixa ontem. O vencimento outubro/22 recuou 60 cents de dólar, com negócios em US$ 549,50 a tonelada. Já a tela dezembro/22 foi contratada a US$ 516,20 a tonelada, recuo de 2,70 dólares. Os demais vencimentos caíram entre 2,70 e 3,10 dólares.

Mercado doméstico

No mercado doméstico, medido pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, a segunda-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal que iniciaram a semana com a saca de 50 quilos negociada a R$ 128,95 contra R$ 127,74 de sexta-feira, valorização de 0,95% no comparativo.

Etanol hidratado

Com o impasse sobre os preços do etanol, o biocombustível continua sua trajetória de queda livre no Indicador Diário Paulínia. Ontem, o hidratado foi comercializado pelas usinas a R$ 2.561,50 o m³, contra R$ 2.614,50 o m³ praticado na sexta-feira, recuo de 2,03% no comparativo entre os dias. No mês de agosto o biocombustível já acumula perda de 15,08%.

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