O pior, no entanto, é que desde o início do mês os preços registrados permanecem abaixo dos alcançados um ano atrás. Com isso, a média das três primeiras semanas de agosto corrente (15 dias de negócios), da ordem de R$7,38/kg, encontra-se, nominalmente, 0,80% abaixo do que foi registrado em agosto de 2021.
Faltando agora no mês oito dias de negócios as chances de reversão ou, mesmo, de estabilização dos preços vão se tornando cada vez mais remotas, o que significa que o atual índice de queda deve ainda se expandir. Resta saber se isso será repassado, ainda que parcialmente, ao consumidor, no varejo – algo que só se saberá no mês que vem, quando forem divulgados os resultados econômicos do corrente mês.
No presente passo do frango abatido, parece um milagre o frango vivo permanecer com a cotação inalterada há cerca de seis semanas, desde 11 de julho passado. Mas isso só ocorre porque a oferta é restrita, a ela acorrendo apenas os poucos abatedouros que não contam com produção própria ou que, momentaneamente, perderam a autossuficiência.
De toda forma, essa estabilidade não chega a surpreender, nem representa ocorrência inédita. Um ano atrás, nesta mesma época, o frango vivo também operou por longo período com preços inalterados. Aliás, como em 2022, isso começou também em julho, estendendo-se não só além de agosto, mas até o início de novembro. Pode ser que tudo se repita no corrente exercício.