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Agronegócio

Preço médio do CBio cai 13,5% na primeira quinzena de agosto, para R$ 90,87

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Preço médio do CBio cai 13,5% na primeira quinzena de agosto, para R$ 90,87

De acordo com análise realizada pelo Itaú BBA, a medida deve aumentar a oferta de títulos para o atual período, mas também pode concentrar a demanda para 2023. “A prorrogação dos prazos para a efetivação das metas causará sobreposição nos períodos de aquisições de 2022 e 2023”, explica.

Até o momento, considerando tanto os papéis aposentados ao longo do ano quanto os ainda disponíveis, o número de títulos disponibilizados ao mercado é de 28,89 milhões. Este montante é suficiente para o cumprimento de 80,3% da meta oficial do RenovaBio para 2022, de 35,98 milhões.

Com o novo prazo, as distribuidoras ainda têm mais de 13 meses para comprar os títulos necessários e retirá-los de circulação.

Preços em baixa

De 1º a 15 de agosto, os títulos foram negociados entre R$ 88,60 e R$ 179. O valor mais alto, que caracterizou uma exceção para o período, foi registrado no início da quinzena, enquanto o mais baixo aconteceu no dia 8.

Os números fazem parte do acompanhamento do mercado de CBios realizado pela Bolsa de Valores Brasileira (B3), única entidade registradora do RenovaBio.

Conforme cálculos do NovaCana realizados a partir dos dados da B3, o valor médio da quinzena ficou em R$ 90,87 por CBio. Este resultado representa uma retração de 13,5% ante os R$ 105,01 vistos na segunda quinzena de julho.

Ainda assim, o preço está 30,3% acima da média histórica do programa, de R$ 69,75. Ele também é 131,2% superior à média de 2021, R$ 39,31. Entretanto, atualmente, ele está 23,9% abaixo do acumulado de 2022, de R$ 119,35.

Desde a implantação das negociações, em junho de 2020, os CBios foram vendidos entre R$ 15 e R$ 209,50. Neste ano, por sua vez, os preços variaram entre R$ 31,99 e R$ 209,50.

Na primeira quinzena de agosto, 1,05 milhão de créditos foram negociados, um volume 13,9% abaixo do visto no final do mês anterior, de 1,21 milhão de créditos. O montante também está 6,5% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, de 1,12 milhão.

“Os números refletem todas as operações de compra e venda envolvidas em um ciclo de negociação. Assim, no caso de intermediações realizadas por corretoras ou outras instituições, primeiro é realizada uma operação de compra das quantidades e, depois, uma operação de venda para o investidor final”, explica a B3.

Emissões em queda

No período, as usinas de biocombustíveis certificadas no RenovaBio emitiram 900,37 mil CBios, queda de 39,6% em relação aos 1,49 milhão de créditos que entraram no programa na metade final de julho. O montante também representa uma queda de 0,3% na comparação anual.

Com isso, a quantidade de créditos emitidos em 2022 subiu para 18,44 milhões, ficando 0,3% abaixo dos 18,52 milhões vistos no mesmo período de 2021.

Atualmente, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 312 unidades participam do RenovaBio. Destas, três fabricam biometano e outras 32, biodiesel. Dentre as 277 usinas de etanol certificadas, 267 utilizam apenas a cana-de-açúcar como matéria-prima; cinco processam cana e milho; quatro, apenas milho; e uma produz biocombustível de primeira e de segunda geração de forma integrada.

Desde a implementação do RenovaBio até o momento, mais de 67,92 milhões de CBios já foram emitidos.

Posse e aposentadoria

Em 16 de agosto, 24,37 milhões de créditos estavam em circulação. Além do número de CBios gerados em 2022, o setor também conta com os créditos excedentes do ano anterior.

Do total, 86,6% estavam em posse das distribuidoras que têm metas a cumprir, somando 21,11 milhões de créditos. Já as usinas certificadas no programa contavam com 3,18 milhões, ou 13,1% do total. Os 73,61 mil créditos restantes (0,3%) estavam com investidores sem metas.

Para completar, 4,52 milhões de créditos foram aposentados em 2022, com 53,79 mil deixando de circular apenas na primeira quinzena de agosto. O volume representa 12,6% da meta deste ano.

Como a B3 não informa quem solicitou a aposentadoria dos créditos, é possível que uma parte deste total seja referente a investidores que não têm compromissos com o programa. Ainda que esteja previsto que a retirada de títulos feitas pelas chamadas “partes não obrigadas” possa ser deduzida dos objetivos finais do RenovaBio, as aposentadorias de 2022 devem ser contabilizadas em 2023.

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