Com o trigo moderno em falta e sem diversidade genética, os israelenses estão acumulando um tesouro de cultivares antigas. Por causa da guerra e a obstrução da cadeia de abastecimento, crise alimentar e mudanças climáticas, a solução pode estar em uma coleção de sementes guardadas em Israel.
O Banco de Genes de Plantas de Israel (IGB) parte da Organização de Pesquisa Agrícola (Aro), situada perto de Tel Aviv, possui mais de 900 linhas de trigo. De acordo com o pesquisador Sivan Frenkin, a coleção é enorme e rica em comparação com bancos em outras partes do mundo. O trigo hoje é um dos três alimentos básicos (além do arroz e do milho) sendo responsável pela nutrição e renda de mais de quatro bilhões de pessoas em todo o mundo.
Mas, o trigo moderno carece de diversidade genética e não é resistente o suficiente para resistir a secas, inundações e pragas. É aí que entra as antigas linhagens de trigo (landraces) de Israel.
Roi Ben David, diretor de pesquisa agrícola no Volcani Center, o centro de P&D concorda: “Israel está geograficamente sentado em um tesouro genético. São linhas de trigo que remontam ao início da agricultura, onde começou o cultivo do trigo”, explica.
O objetivo principal é conservar, restaurar e caracterizar as variedades de trigo locais e tradicionais de Israel.
Fonte: portaldoagronegocio