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A exportação de carnes sempre foi uma das veias mais fortes, economicamente falando, do Brasil. O ramo representa 3% de toda a exportação brasileira, o que é um número expressivo.
Em 2019, porém, o país atingiu o seu pico de exportação: de acordo com a Abiec (Associação Brasileira de Indústria Exportadoras de Carnes), foram mais de 1,8 bilhão de toneladas de carnes e um faturamento de US$ 7,59 bilhões. Nos últimos cinco anos, o aumento da exportação subiu quase 45%. Isso sacramenta o Brasil como um dos mais importantes produtores de carne bovina de todo o mundo.
Cenário da exportação de carne bovina
O Brasil é muito bem colocado no mercado internacional de produção de carne bovina, e isso se mostra nos números. Os países asiáticos têm um papel importante nessa colocação brasileira no mercado: de acordo com Saymon Reis, consultor da Domani, “a maior importadora de carne brasileira foi a China, que comprou aproximadamente US$ 4,5 bilhões do produto nacional, seguida de sua Região Administrativa Especial Hong Kong, com pouco mais de ⅓ do valor total importado pelos chineses”.
O Oriente Médio, com Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, além do Japão, também são importadores importantes da nossa carne.
E, é claro, o mercado de carnes e exportação é sem dúvidas um dos mais procurados por quem deseja empreender, diante de números tão positivos. E como é possível habilitar a sua empresa para exportar carnes? Confira abaixo!
Como habilitar a sua empresa?
De acordo com Fanny Castilho, assessora da diretoria de projetos da Domani, as empresas devem compreender que habilitar-se como agente de Comércio Exterior requer cumprir com uma lista de burocracias, pois as especificações podem mudar de acordo com o tipo de produto.
Porém, para quem quiser navegar por esse mundo, o primeiro passo é se cadastrar tanto no Registro de Exportadores e Importadores (REI) quanto no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX). Também é necessário ter os documentos Certificado de Origem e Fatura Proforma, além de requisitos sanitários que dizem respeito a saúde e qualidade do animal e da carne.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento também deve inspecionar a empresa, além de também auxiliar e negociar a abertura de mercado para os produtos da agropecuária brasileira junto da Associação Brasileira de Frigoríficos.
Outro ponto importante é se atentar às embalagens, que devem estar cumprindo as normas técnicas do Comitê Brasileiro de Embalagem e Acondicionamento (CB-023). E, é claro, vale considerar a abertura de uma conta internacional, para que a compra e a venda dos seus produtos atendam todos os mercados, sem que você fique no prejuízo.
Fonte: portaldoagronegocio