O levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves aponta que em julho passado o custo de produção do frango apresentou variação anual de apenas 4%, o menor índice de aumento em quase três anos. Mesmo assim, o produtor continua sujeito ao sétimo maior custo de toda a história do setor.
Recuando perto de 1,5% em relação ao mês anterior, o custo de julho passado ficou em R$5,39/kg, resultado que também correspondeu ao menor valor do corrente exercício.
O índice de aumento na média dos sete primeiros meses do ano também apresentou retrocesso significativo, pois o valor registrado – R$5,57/kg – ficou menos de 12% acima da média observada entre janeiro e julho de 2021 (R$4,99/kg), ocasião em que o incremento anual foi de 52% (R$3,27/kg na média dos sete primeiros meses de 2020).
De toda forma, não escapa que, em relação a idêntico período de 2019 (ano pré-pandêmico), o custo atual é, praticamente, 100% superior (R$2,79/kg nos sete meses iniciais de 2019).
Considerado o último índice – aumento de 100! – cumpre indagar se o setor produtivo conseguiu repassar o aumento no custo ao produto final. “Não” é a resposta. Pois, no mesmo período, o preço do frango vivo foi corrigido em 77% e o do abatido em não mais que 58%.