Um dos cereais mais produzidos e consumidos no mundo, o arroz está presente na dieta de quase 95% da população brasileira e mais da metade o consome, no mínimo, uma vez por dia, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Brasil é o maior produtor e consumidor fora da Ásia e, apesar das áreas cultivadas se espalharem por todo o território nacional, os principais estados produtores são, em ordem decrescente, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins e Mato Grosso.
Por aqui, a produtividade média do arroz é de 6,5 toneladas por hectare (ton/ha), enquanto que a média gaúcha supera 8 ton/ha, com alguns produtores alcançando marcas de 12 ton/ha. Mas ainda estamos longe do potencial da espécie no ambiente de cultivo do Rio Grande do Sul, onde produtividades médias entre 15 a 20 t/ha são obtidas de forma sistemática há mais de três anos em condições de pesquisa em estações experimentais gaúchas em Capivari do Sul, Uruguaiana e no Centro Tecnológico do Chasqueiro (Arroio Grande).
Segundo Cláudia Erna Lange, pesquisadora da consultoria agronômica Oryza & Soy, a construção do potencial de rendimento de grãos baseia-se no uso de variedades adaptadas, com manejo e condições de cultivo que otimizam a captação de energia solar na fase reprodutiva da planta, com época de cultivo e densidade populacional ajustada, associadas a um bom nível nutricional. “A melhor oportunidade de elevar os atuais patamares de produtividade no cultivo comercial está na nutrição equilibrada para formação de uma quantidade extra de grãos que se pretende produzir, que suprirá as necessidades para que as plantas se desenvolvam”, afirma.
As quantidades necessárias de nutrientes devem aumentar em relação aos volumes utilizados atualmente nas lavouras de arroz tanto para garantir o desenvolvimento das plantas, com a desenvolvimento de estruturas para captação de luz e atividade fotossintética, quanto para a formação dos próprios grãos. A partir da análise de solo, é necessário rever as necessidades dos macronutrientes primários, Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), que são rotineiramente fornecidos pelos fertilizantes minerais e os macronutrientes secundários, como o Enxofre (S).
Duas são as principais fontes de Enxofre no mercado: sulfato e elementar. O primeiro está prontamente disponível para ser absorvido pelas plantas. Já a forma elementar vai se tornar disponível para as plantas ao longo do ciclo a partir de sua oxidação –um processo que depende de condições específicas, como tamanho da partícula (micropartículas apresentam maior eficiência) e a presença de oxigênio entre elas. Em ambiente inundado, como é o caso do arroz, as taxas de oxidação do elementar são mais baixas, porém ocorrem de forma eficiente.
Observando as necessidades dos solos, das culturas e dos agricultores de elevar suas produtividades, a Mosaic Fertilizantes desenvolveu, em um processo exclusivo e patenteado, o Microessentials. Trata-se de um produto de alta performance que possui duas formas de Enxofre na formulação, Fósforo solúvel e Nitrogênio amoniacal, nutrientes decisivos para gramíneas como o arroz. Lavouras que recebem nutrição equilibrada desde o início do ciclo apresentam maior quantidade de perfilho emitido, mais flores por planta e grãos mais pesados, fatores decisivos para lavouras de alta produção: o incremento pode chegar a 7,6 sacas por hectare com o Microessentials.
A conclusão é simples: investir em manejos que proporcionem maiores produtividades e elevação da qualidade desde o início da lavoura contribui para que o agricultor tenha alto retorno econômico por maximizar o rendimento de grãos em resposta aos insumos utilizados.
Artigo enviado por Fernando Hansel, agrônomo sênior na Mosaic Fertilizantes