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Agronegócio

Desertificação e temperaturas até 44°C. Meteorologistas do Meteum calcularam como o clima no Brasil vai mudar até 2040

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O Brasil está situado nos trópicos e subtrópicos onde os efeitos serão sentidos nas próximas duas décadas. Portanto, não apenas os jovens e as próximas gerações de brasileiros terão que se preparar para uma nova realidade climática, mas ainda aqueles que já estão com 40 ou 60 anos.

Os meteorologistas do Meteum, usando climáticos e algoritmos de IA que coletam big data de dispositivos no espaço e na Terra, prepararam um relatório sobre o que acontecerá com o tempo e o clima do Brasil.

Temperaturas crescentes em todo o país com pico na região

Nas partes central e do Brasil haverá mais 20 a 30 dias com temperaturas acima de 40°C, isso é mais algumas semanas de clima extremamente quente por ano. O número de dias moderadamente quentes por ano com temperaturas acima de 35°C aumentará em 40. O Brasil Central ficará mais seco mais ativamente, e aqui se espera o maior aumento nas temperaturas máximas possíveis: em 2,5 graus, ou seja, até 44°C (sim, já dentro de 20 anos).

Seca no Nordeste

A quantidade total de precipitação diminuirá nas partes nordeste, norte e central do Brasil. O número de dias consecutivos sem chuva aumentará de 10 a 15% na taxa atual de aquecimento global, e de 15 a 20% se o aquecimento acelerar – isto é cerca de 20 dias secos a mais por ano. Estas partes do país devem se preparar para a seca, o clima favorável para os incêndios florestais e a queda da produtividade agrícola.

Chuvas fortes no Sul

No sul do Brasil o volume de precipitação, ao contrário, aumentará. Aqui, a de chuvas fortes e inundações aumentará – tanto o número quanto a frequência de sua ocorrência. A infra-estrutura tem que ser reforçada nesta área para evitar danos e vítimas associadas às tempestades.

Intensificação dos ventos no sul e centro do Brasil

Na parte sul do Brasil, a velocidade do vento também mudará e se tornará 10-15% maior. Um pouco menos no Brasil Central, lá a velocidade média do vento aumentará em 5%. Há significativas oportunidades para o desenvolvimento da energia eólica nestas áreas.

Desertificação e modificação do solo

Até 2035, o Nordeste do Brasil terá 12% mais áreas sujeitas à desertificação. No ritmo de produção agrícola atual, já a partir da década de 2030, se corre perigo de obter 18% menos produtos de um hectare. Em toda a metade norte do Brasil, se prognostica o aumento da probabilidade de incêndios florestais. Existe o risco de que, nas novas condições climáticas, algumas culturas habituais parem de crescer ou se tornem não rentáveis para os produtores agrícolas. É necessário testar e selecionar novas culturas que possam ser cultivadas em novas condições.

Anomalias climáticas se tornarão habituais

A mudança climática levará não apenas a um aumento das temperaturas, mas também a uma mudança gradual nos padrões climáticos usuais. Ondas de calor repentinas, chuvas fortes ou temperaturas congelantes se tornarão mais frequentes. Os brasileiros encontrarão anomalias como quantidade mensal de chuva num so dia e outros fenômenos atípicos não poucas vezes na sua vida, mas quase todos os anos. Máximos de temperaturas e precipitação em diferentes partes do país serão constantemente renovados.

Meteum é uma tecnologia de previsão do tempo baseada na IA e no aprendizado de máquina para uso diário e comercial. O serviço coleta e analisa dados climáticos necessários para tomar  decisões de negócios corretas e economizar recursos. O Meteum tem 50 milhões de usuários mensais em todo o mundo e usa tecnologias de aprendizado de máquina para melhorar dados de cinco fontes de previsão: sua própria previsão baseada no modelo de código aberto WRF e previsões dos centros nacionais dos EUA (GFS), Canadá (CMC), Japão (JMA) e Europa (ECWMF

Fonte: portaldoagronegocio

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