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Agronegócio

Qualidade na produção marca o mercado do vinho em 2022

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Qualidade na produção marca o mercado do vinho em 2022

O ano de 2022 representou um momento de renovação e retomada econômica para inúmeros setores.  Para o mercado do vinho, não foi diferente. Na Serra Gaúcha, produtores da região de Flores da Cunha consideram que o período foi marcado por investimentos no enoturismo e por uma colheita de qualidade excepcional, com um saldo positivo para as vendas. “Tivemos um crescimento em 2020, em decorrência da Safra das Safras, e estamos conseguindo manter esse ritmo”, avalia o atual presidente da Associação dos Produtores de Vinhos dos Altos Montes (Apromontes), Filipe Panizzon. 

Apesar de uma safra menor em números absolutos, a qualidade das uvas obtidas em Flores da Cunha em 2022 foi a dos anos anteriores. Fabiane Veadrigo, sócia-proprietária da vinícola Famiglia Veadrigo, explica que a excepcionalidade dos frutos da safra desse ano se deve ao , que favoreceu a maturação das uvas, a concentração dos açúcares e a da acidez. 

O ano de 2022 também foi marcado pelo aumento da procura dos vinhos rosés. Conforme indica Panizzon, esta qualidade foi uma das mais procuradas entre as vinícolas da Região dos Altos Montes. Esse comportamento do consumidor vai ao encontro da pesquisa apresentada pela Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), que apontou um aumento de 400% no consumo de rosés entre 2021 e 2022. 

Durante o ano, também foram feitos investimentos consideráveis no Enoturismo, buscando atrair ainda mais turistas para a região. A Fante Bebidas, por exemplo, vinícola que faz parte da Apromontes, apostou no comércio varejista, abrindo a Fante Store. O estabelecimento oferece vinhos, espumantes, sucos e destilados. A responsável pelo marketing da vinícola, Caroline Fante, explica: “nos atentamos ao crescimento do enoturismo na nossa região e, assim, buscamos oferecer degustação e outras experiências que atraiam ainda mais consumidores”. 

Já para o ano que vem, o próximo presidente da associação, Felipe Bebber, que assumirá o posto para o biênio 2023-2024, tem expectativas bastante positivas. Para ele, o aumento do número de rótulos que possuem o selo de Indicação de Procedência é um fator que pode contribuir para as vendas. Em 2023, serão 18 rótulos da Região dos Altos Montes no mercado com a IP. “Esse cenário de ampliação da IP também torna positiva a expectativa de vendas do enoturismo”, explica que isso se deve ao fato de que a IP funciona como uma vitrine para os e para a própria Região dos Altos Montes. 

Região dos Vinhos dos Altos Montes – Localizada na Serra Gaúcha, entre os municípios de Flores da Cunha e Nova Pádua, a Região dos Altos Montes é responsável pela maior produção de uvas e vinhos do país, chegando 80 milhões de quilos de uva e 45 milhões de litros de vinho numa só safra. Desde 2002, a rede vitivinicultora e o enoturismo local são fortalecidos pela Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes (Apromontes), composta por doze vinícolas: Boscato Vinhos Finos, Casa Venturini Vinhos & Espumantes, Cave de Angelina Vinhos & Vinhedos, Famiglia Veadrigo, Fante Bebidas, Luiz Argenta Vinhos Finos, Terrasul Vinhos Finos, Valdemiz Vinhos Finos, Vinhos Fabian, Vinhos Viapiana, Vinícola Família Bebber, Vinícola Mioranza e Vinícola Panizzon. Mais informações podem ser obtidas em www.vinhosdosaltosmontes.com.br.   

Fonte: portaldoagronegocio

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