O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado que pode reduzir as tarifas ao Brasil se houver “circunstâncias adequadas”. Ele não especificou quais seriam esses critérios.
Trump, assim como Lula, vai participar de uma cúpula com líderes do sudeste asiático neste fim de semana. A expectativa é de que os dois tenham uma conversa em particular durante o evento.
Segundo Trump, um encontro com o presidente brasileiro é provável. “Acho que vamos nos encontrar, sim. Já nos vimos brevemente na Assembleia Geral das Nações Unidas”, disse o presidente americano, a bordo do avião presidencial Air Force One.
A assessoria de Lula ainda não confirma o encontro.
Questionado sobre a possibilidade de reduzir as tarifas de 50% às importações do Brasil, o líder americano deu uma resposta curta e disse estar disposto a isso “se as circunstâncias adequadas se apresentarem”.
Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos participarão da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que acontece de 26 a 28 de outubro.
Brasil e EUA vivem uma crise diplomática inédita depois que o mandatário americano impôs tarifas de 50% sobre boa parte dos produtos brasileiros, citando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e as tarifas aplicadas pelo Brasil aos produtos americanos.
Lula se encontra com presidente da Malásia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está na Malásia. Neste sábado, ele se encontrou com o primeiro-ministro do país, Anwar Ibrahim. Em um discurso ao lado do chefe de governo, o petista defendeu o livre comércio.
“O mundo precisa de paz, não de guerra. O mundo precisa de livre comércio, não de protecionismo. O mundo precisa de mais comida e menos armas”, afirmou.
Lula, que ressaltou os paralelismos de sua vida com a trajetória de Anwar, também disse que o Conselho de Segurança da ONU “não funciona”, ao apontar membros permanentes como instigadores das guerras.
“As instituições multilaterais que foram criadas para tentar evitar que estas coisas aconteçam deixaram de existir. (…) Todas as guerras recentes foram determinadas por pessoas que fazem parte do Conselho de Segurança da ONU”, frisou.
Durante o encontro, os governos dos países firmaram sete acordos bilaterais em áreas como semicondutores, ciência, tecnologia e inovação, entre outras.
Fonte: gazetadopovo






