O presidente dos , Donald Trump, assinou, nesta quarta-feira, 30, uma ordem executiva que eleva de 10% para 50% a tarifa sobre produtos importados do Brasil. A decisão foi divulgada pela Casa Branca, às 15h.
Segundo o comunicado, essa medida visa a enfrentar “políticas, práticas e ações recentes do governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
Leia a íntegra da medida .
A medida confirma o anúncio feito por Trump no início do mês de julho. Desde então, o governo de tentou, sem sucesso, abrir uma negociação com o norte-americano.
O texto afirma que membros do governo e do Judiciário brasileiro adotaram ações “tirânicas e arbitrárias” para pressionar empresas norte-americanas. Entre os atos listados estão censura de discursos políticos, exigência de entrega de dados de usuários dos EUA e alteração de políticas de conteúdo sob ameaça de sanções, como multas, processos e congelamento de ativos.
Essas medidas, segundo a Casa Branca, “minam a viabilidade das operações comerciais das empresas dos EUA no Brasil” e também afetam a política americana de defesa de eleições livres e proteção aos direitos humanos.
O comunicado menciona diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A Casa Branca afirma que ele “emitiu unilateralmente centenas de ordens para censurar secretamente seus críticos políticos”. Ainda segundo o texto, quando empresas dos EUA se recusaram a cumprir as ordens, Moraes aplicou multas e ameaçou executivos com processos criminais.
Trump declarou que a tarifa imposta ao Brasil segue a mesma lógica de medidas anteriores usadas para “proteger os interesses dos Estados Unidos e enfrentar ameaças à segurança nacional”. Segundo ele, o STF estaria promovendo uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Desde abril, os EUA negociam com diversos países a aplicação das chamadas “tarifas recíprocas”. Japão e União Europeia conseguiram reduções. Já Brasil, México e Canadá receberam novas ameaças e aumentos de tarifas.
Fonte: revistaoeste