A tensão entre e aumentou depois que o presidente norte-americano, , determinou o deslocamento de dois submarinos nucleares para áreas estratégicas. O anúncio ocorreu nesta sexta-feira, 1º.
A decisão veio em resposta às declarações do ex-presidente russo Dmitry Medvedev, que ocupa atualmente o cargo de vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa.
Medvedev havia classificado como “ultimato” a proposta de tarifas sobre compradores de petróleo russo, sugerindo que tal medida aproximaria os países de um conflito. Trump reagiu dizendo: “Ele está entrando em um território muito perigoso”, além de alertar para as consequências de palavras inflamadas, .

Tensão entre Trump e Medvedev
No X, na quinta-feira 31, Medvedev alegou que cada novo ultimato de Trump em relação ao conflito na Ucrânia representava uma ameaça e um avanço para a guerra entre os países.
Já no Telegram, Medvedev ainda fez alusão ao sistema soviético de retaliação nuclear chamado “Mão Morta”, conhecido pelo grande poder destrutivo.
O “Mão Morta” é um mecanismo automático de lançamento de mísseis nucleares criado na União Soviética, projetado para ser acionado caso a liderança russa seja eliminada em um ataque. O próprio governo russo já classificou o sistema como uma “arma apocalíptica”.
Putin alega buscar “paz duradoura e estável” para a Ucrânia

No mesmo dia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que busca uma “paz duradoura e estável” para a Ucrânia, mas ressaltou que as condições impostas por Moscou permanecem inalteradas.
“Queremos uma paz baseada em fundamentos sólidos, que atenda tanto à Rússia quanto à Ucrânia e garanta a segurança de ambos os países”, disse Putin a jornalistas, segundo a AFP. “As condições do lado russo continuam as mesmas”, reforçou.
Entre as exigências do Kremlin estão a cessão, pela Ucrânia, de quatro regiões parcialmente ocupadas por tropas russas — Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson — além da Crimeia, anexada em 2014. Moscou também demanda que Kiev abra mão do ingresso na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e do recebimento de armamentos ocidentais.
As demandas são rejeitadas por Kiev, que condiciona qualquer acordo à retirada completa das forças russas e à manutenção do apoio militar do Ocidente, incluindo a presença de tropas europeias. Nesta sexta-feira, 1º, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a se dizer disposto a se encontrar com Putin, mas a Rússia, até agora, descarta essa possibilidade.
Fonte: revistaoeste