O Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu, nesta quarta-feira, 5, que parentes ocupem, ao mesmo tempo, cargos de comando nos Poderes Executivo e Legislativo da mesma unidade da Federação.
O placar foi de sete a quatro. Dessa forma, prevaleceu o entendimento da relatora do caso, CĂĄrmen LĂșcia, que votou para rejeitar uma ação movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Em linhas gerais, nĂŁo serĂŁo proibidos os casos nos quais o pai Ă© governador ou prefeito e o filho presida uma Assembleia Legislativa ou CĂąmara Municipal, por exemplo.
No julgamento, o ministro FlĂĄvio Dino abriu a divergĂȘncia. Conforme o juiz do STF, o entendimento vencedor âfavorece um poder familiarâ. Seguiram o magistrado: Dias Toffoli, Edson Fachin e AndrĂ© Mendonça.
Em 2023, o PSB entrou com a ação no STF. De acordo com a sigla, o cenĂĄrio agora autorizado pelo STF âtem se tornado cada vez mais comumâ e que ânĂŁo coaduna com os princĂpios democrĂĄtico e republicanoâ.
Um dos casos citados envolve o Tocantins. Em dezembro de 2022, a Assembleia Legislativa aprovou o que ficou conhecido como âPEC da Eternidadeâ, uma proposta que mudou o formato de escolha da Mesa Diretora da Casa, permitindo a votação de dois biĂȘnios de uma Ășnica vez.
Seguindo essa nova norma, em fevereiro do ano passado, dois parlamentares do partido do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) foram eleitos para presidir a Assembleia Legislativa. SĂŁo eles: AmĂ©lio Cayres para o biĂȘnio 2023-2024 e LĂ©o Barbosa, filho do governador, para o biĂȘnio 2025-2026.
Fonte: revistaoeste