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Senado aprova urgĂȘncia de projeto que modifica Lei da Ficha Limpa

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Em votação simbĂłlica, o plenĂĄrio do Senado, nesta quarta-feira, 28, aprovou a urgĂȘncia do Projeto de Lei Complementar (PLP) 192/23, que reduz o prazo de inelegibilidade definido pela Lei da Ficha Limpa. A proposta Ă© uma parte da “minirreforma eleitoral”, sendo relatada pelo senador (PDT-MA).

A expectativa Ă© que o mĂ©rito do texto seja analisado na terça-feira 3. O Ășnico voto contra a urgĂȘncia foi do senador Eduardo GirĂŁo (Novo-CE). O texto obteve apoio de parlamentares que vĂŁo desde o PL ao PT. Se aprovada, a matĂ©ria vai Ă  sanção, pois jĂĄ passou pelo crivo da CĂąmara.

O PLP que altera a Lei da Ficha Limpa prevĂȘ que o perĂ­odo de inelegibilidade permanece em oito anos, mas o prazo começa a contar a partir da condenação do polĂ­tico. Atualmente, o prazo conta depois do cumprimento da pena. A alteração diminuiria o perĂ­odo do polĂ­tico longe das eleiçÔes. O projeto aprovado hoje Ă© de autoria da deputada federal Dani Cunha (UniĂŁo Brasil-RJ).

A proposta ainda estabelece o perĂ­odo mĂĄximo de 12 anos para a inelegibilidade. AlĂ©m disso, determina ser preciso comprovar o dolo quando o polĂ­tico cometer atos de improbidade e aumenta de quatro para seis meses o perĂ­odo de desincompatibilização de candidatos que sĂŁo integrantes do MinistĂ©rio PĂșblico, da Defensoria PĂșblica, militares e policiais.

Segundo o relator, o projeto “corrige uma pequena distorção” na Lei da Ficha Limpa. “Inclusive Marlon Reis, que Ă© ex-juiz e hoje estĂĄ na advocacia, lutou, foi o protagonista desse projeto, e todos estivemos aqui apoiando ele (Lei da Ficha Limpa) [sic] e somos submetidos a ele, tanto que para estar aqui no mandato, para ser candidato, tem que ser ficha limpa”, explicou.

Conforme Rocha, “por um erro tĂ©cnico”, Ă s vezes, quem “paga” Ă© o ex-gestor, nĂŁo o contador nem o advogado. Ele “pagaria, segundo o pedetista, por “uma prestação de contas errada”, sendo “condenado em ĂłrgĂŁo colegiado simplesmente Ă  morte cĂ­vica e polĂ­tica dele, e isso nĂŁo dá”. “É hipocrisia falar em pena perpĂ©tua para quem cometeu qualquer tipo de erro no Brasil”, finalizou.

A jornalistas, Rocha explicou ainda que, atualmente, quando um polĂ­tico Ă© condenado em primeira instĂąncia e recorre, ele ainda permanece inelegĂ­vel, mesmo tentando provar sua inocĂȘncia.

“Mas, a partir do primeiro colegiado que a pessoa foi julgada, ela já começa a pagar pena sem saber se, lá no final, a pessoa vai ser inocentada, ou não, mas já começa a pagar, já fica inelegível”, contou. “Tem casos de processos que passam de 12 a 15 anos. Quando chegar o julgamento do trñnsito em julgado. Se ele for inocentado, já pagou a pena lá atrás. Mas, se for condenado, ele vai começar a pagar oito anos de pena a partir dali.”

Fonte: revistaoeste

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