O Corpo de Bombeiros do é “muito masculino e muito branco”, de acordo com um relatório divulgado no último sábado, 22, pelo jornal britânico The Telegraph. O documento, encomendado pelo , concluiu que a instituição era “institucionalmente racista, misógina e homofóbica”.
O relatório diz que os bombeiros na Grã-Bretanha não são “diversos” o suficiente, pois a proporção de mulheres e minorias étnicas na função é menor do que em outras na sociedade em geral.
Produzido por um grupo consultivo, o relatório foca políticas de diversidade, igualdade e inclusão (DEI) no serviço de bombeiros. A pesquisa registrou que 9,3% dos profissionais da classe eram mulheres e 5,4% pertenciam a minorias étnicas em março passado.
Reino Unido 🇬🇧: O corpo de bombeiros britânico é muito masculino e muito branco, segundo um relatório.
O relatório, encomendado pelo Conselho Nacional de Chefes de Bombeiros (NFCC), concluiu que o corpo de bombeiros era “institucionalmente racista , misógino e homofóbico”.
Ele… pic.twitter.com/VL9jnQ1slM
— Ivan Kleber (@lordivan22) February 24, 2025
Em contraste, 51% da população total da e do País de Gales é feminina e 18,3% são de minorias étnicas, de acordo com o censo de 2021.
“A ‘imagem’ comum de um bombeiro é, na maior parte, a de um homem branco heterossexual que sai de um carro para combater incêndios”, diz o relatório. “A diversidade do serviço precisa refletir muito mais as comunidades que atende e a ampla gama de serviços que oferece.”
De acordo com os produtores da pesquisa, houve progresso no aumento da diversidade entre os bombeiros do Reino Unido, mas o ritmo tem sido lento, e a ação progressiva tem sido aplicada de forma inconsistente. “Muitas pessoas ainda estão sendo decepcionadas.”
O relatório foi elogiado pela NFCC. A organização disse que os dados ajudariam a criar “locais de trabalho seguros e inclusivos”. Os autores do estudo afirmam que o comprometimento dos chefes de bombeiros com a “inclusão” é tão importante quanto sua “competência”.
Fire service ‘too white, too male’?
How about ‘too busy saving lives’ to care about this woke nonsense?
Inclusion over competence?
Insane.Focus on fires, not feelings, NFCC—you’re embarrassing yourselves.
— JDH (@JDMatrixWave) February 23, 2025
Segundo o relatório, “os programas de liderança precisam se concentrar tanto na inclusão quanto na competência operacional e estratégica”.
A pesquisa acusa a existência de uma lacuna entre os “líderes que vivem seus valores em linha com a inclusão” e “aqueles que operam em linha com valores excludentes”. A conclusão é que “o setor requer uma liderança forte e inclusiva, guiada por valores”.
O relatório diz ainda que “assédio, abuso e discriminação” são comuns entre os bombeiros e incluem a prática de “microagressões”. Os profissionais que denunciam a discriminação são “vitimizados” por isso, diz o estudo. Já os casos de má conduta são “burocráticos” e, às vezes, “mal administrados”.
An NFCC report concludes that Britain’s firefighters are too male & too white…
THIS IS THE STUPIDITY THAT WE FACE, WHO F***ING CARES WHO SAVES US !!! 👨🚒
— Adam Brooks AKA EssexPR 🇬🇧 (@EssexPR) February 23, 2025
Com base no estudo, “concordamos com essas conclusões de que o setor é institucionalmente racista, misógino e homofóbico”, dizem os autores do relatório.
Mark Hardingham, presidente da NFCC, disse que a organização estava “comprometida em cumprir” as conclusões do relatório. Segundo ele, os esforços “para melhorar a cultura e a inclusão” devem estar “continuamente incorporados em tudo o que fazemos”.
Paul Embery, ex-membro do conselho-executivo do Sindicato dos Bombeiros (FBU), disse ao Telegraph que os chefes de bombeiros deveriam se concentrar em apagar incêndios em vez de “manipular a demografia da força de trabalho”.
“Os serviços públicos devem, é claro, garantir que indivíduos de todas as origens possam se juntar a eles, e o preconceito deve ser combatido onde ele existir”, afirma. “Mas, quando eles definem metas arbitrárias para recrutamento, isso se transforma em engenharia social.”
Embery também destaca existirem várias razões pelas quais determinados grupos podem não entrar em certos ofícios. “Há, por exemplo, poucos parteiros e quase nenhuma mulher coletora de lixo.”
Na maioria das vezes, diz ele, tem pouco a ver com preconceito. Alguns indivíduos e grupos são atraídos por empregos que têm pouco apelo para outros, e “isso é apenas um fato da vida”.
“Deveríamos parar de nos fixar em manipular a demografia da força de trabalho em certos serviços públicos e nos concentrar mais em garantir que esses serviços tenham um melhor desempenho para o público.”
Fonte: revistaoeste