Mato Grosso registrou, em 2025, uma redução expressiva no número de queimadas e focos de calor em comparação ao mesmo período de 2024. Em agosto, historicamente o mês mais crítico devido à seca no estado, o índice de incêndios caiu de 14.617 para 2.322 registros, o que representa uma queda de 84%.
Dados do Instituto Centro de Vida (ICV) apontam que, entre janeiro e agosto, cerca de 859,5 mil hectares foram atingidos pelo fogo em território mato-grossense. O número reflete uma redução de 71% em relação ao ano anterior, quando mais de 3 milhões de hectares foram devastados, posicionando o estado, naquela época, como o líder nacional em área destruída.
Embora tenha ocupado o topo do ranking em momentos isolados deste ano, Mato Grosso encerra dezembro na 6ª posição entre os estados com mais focos detectados por satélite, segundo o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Atualmente, o Maranhão lidera a lista nacional.
No primeiro semestre de 2025, o estado alcançou um recorde positivo, registrando o menor volume de queimadas desde 2019 para o período entre janeiro e junho. Após o pico de agosto, os índices entraram em declínio acentuado; em novembro, foram contabilizados 275 focos, 160 a menos que no mesmo mês do ano passado. O recorde histórico de menor incidência para novembro em Mato Grosso ainda pertence ao ano de 1998, quando houve apenas 182 registros.
Na análise por biomas, o Pantanal apresentou o menor índice de queimadas, concentrando menos de 1% dos focos totais. Especialistas do ICV atribuem essa melhora generalizada às condições climáticas mais favoráveis em 2025, com temperaturas menos extremas e um volume maior de chuvas.
Até o final de agosto, o levantamento indicava que os municípios mais afetados pelo fogo foram Colniza (68,5 mil hectares), Campinápolis (50,2 mil), Paranatinga (40,5 mil), Nova Nazaré (39,8 mil), Tangará da Serra (35 mil) e Nova Maringá (31,7 mil).
O cenário positivo também se refletiu em nível nacional. De acordo com o Inpe, o Brasil registrou em agosto o menor índice de focos de calor desde 1998, com 18.451 ocorrências. O número representa uma redução de 61% em relação à média histórica para o mês, que é de 47.348 focos.
Fonte: gazetadigital






