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CENÁRIO AGRO

Produção de fécula de mandioca volta a crescer no Brasil, atingindo quase 3 milhões de toneladas

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A indústria brasileira de fécula esmagou 2,97 milhões de toneladas de raiz de mandioca em 2024, com crescimento de 11,5% frente ao ano anterior. Esse dado é resultado do levantamento anual sobre o desempenho da indústria brasileira de amidos de mandioca, realizado pelo 21º ano consecutivo pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Abam (Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca).

O levantamento do Cepea e da Abam apontou que a maior moagem favoreceu o aumento de produção de fécula, mesmo diante dos menores teor de amido e rendimento industrial. Assim, a produção brasileira de fécula somou 689,3 mil toneladas, com alta de 10,4% em relação à de 2023, sendo o segundo avanço anual consecutivo e o maior volume desde 2015. Desse total, 65,6% foram produzidos no Paraná; 21,3%, em Mato Grosso do Sul; 9,7%, em São Paulo; e o restante (3,4%), em Santa Catarina, Bahia, Alagoas e Pernambuco.

Entre os setores de destinos das vendas de fécula, destacam-se os de massas, biscoitos e panificação, representando 26,9% do total, seguidos pelo atacado (13,1% do total), varejo (6,6%), papel e papelão (5%), outras fecularias (8,6%), frigoríficos (6,5%), tapioca semi-pronta (6,5%) e indústrias químicas (1,3%). Para setores não identificados, foram destinados os 25,5% restantes. Além disso, 23,3% das empresas exportaram fécula, as quais dividiram-se em 31,9% do Paraná e 29,4% em Mato Grosso do Sul.

A produção de amidos derivados (polvilhos doce e azedo, tapioca, misturas para pão de queijo e amidos modificados) cresceu 28% de 2023 para 2024, totalizando 367,7 mil toneladas.

O preço médio nominal da fécula recuou 27,7% em 2024, afetando negativamente o Valor Bruto da Produção (VBP), que caiu 21,6% no período, passando para R$ 2,08 bilhões, o menor dos últimos dois anos.

O Cepea e a Abam apuraram que, em 2024, a capacidade instalada da indústria nacional para processamento foi de 24,9 mil toneladas de mandioca por dia. Além disso, houve um movimento de diversificação dos derivados, com 38% das unidades produzindo pelo menos mais um derivado, além da fécula in natura (tais como amidos modificados, polvilhos e misturas para pão de queijo).

Para esse levantamento, foram mapeadas 88 unidades industriais, localizadas em 64 municípios nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Alagoas, Bahia e Pernambuco. As empresas seguem concentradas sobretudo no Paraná e em Mato Grosso do Sul.

Expectativa para 2025

Pesquisadores do Cepea indicam que o setor brasileiro de amidos de mandioca está otimista para este ano quanto à produção de fécula, estimando crescimento de 20,9%, que, se confirmado, chegaria a 834 mil toneladas. Dados parciais do Cepea (até maio) apontam que, em 2025, foram produzidas 347 mil toneladas de fécula, 5,3% a mais que em período equivalente do ano passado, além disso, há expectativas de que se continue avançando com as produções dos amidos derivados.

Fonte: cenariomt

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